Pois é isso que parece que se deseja, cá e lá.
Um alucinado na última quarta-feira se interpôs entre duas moças que almoçavam num restaurante em Brasília, passou a chamá-las de sapatonas, e não contente com a grosseria, as seguiu enquanto tentavam livrar-se do aborrecimento e espancou as mulheres. O caso parou na delegacia, e o meliante pôde ser detido.
Atravessando o Atlântico e chegando na África, soubemos durante a semana que o presidente de Uganda sancionou lei que torna crime a homossexualidade, e assim supostos praticantes de atos homossexuais passam a merecer prisão perpétua. Além disso, o cidadão que conhecer homossexuais sem entregá-los merecerá prisão. E isso porquê o presidente aliviou o projeto inicial, que previa pena de morte aos homossexuais.
Voltando às Américas, a governadora do Arizona acaba de vetar projeto de lei que permitia a estabelecimentos comerciais negarem atendimento a homossexuais (sei lá como assim identificados), sendo que tal idiotice poderia ter como alegação motivos religiosos (veja você que a história só piora...).
Descendo em retorno à Terra das Palmeiras, um travesti que houvera praticado um furto, foi agredido por guardas municipais até desmaiar e ser dispensado numa calçada em Copacabana, no Rio de Janeiro (Rachel, travesti e ladrão ao mesmo tempo, é com você!). Transeuntes transtornados comentavam o que viram. Bombeiros passaram, e surpreendentemente não ajudaram. Um policial militar, restante dentre os cônscios de seu dever civil (a despeito do vergonhoso soldo mensal), parou, abriu sobre a vítima uma sombrinha para aliviar o sol carioca, e providenciou atendimento. Deus abençoe esse policial. Assista aqui vídeo de 57 segundos a respeito.
Por que essa ira mundial sobre quem se declara ou aparenta ser homossexual? Por que será que a vida intima de uma pessoa, que em nada atrapalha ou modifica a vida de terceiros, gera nestes últimos tanto rancor?
Um dia algum estudioso da mente humana ainda vai explicar o motivo de tanta raiva que as pessoas tem de gays, e de tanta gente por aí.
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