quinta-feira, 29 de maio de 2014

A gentileza de tolerar

Hoje é o dia da gentileza. Um cara que andava meio sem rumo no RJ há algumas décadas, dizia que "gentileza gera gentileza". 

E tolerar, incluir, é sem dúvida um ato de gentileza.

Hoje também, uma pessoa vítima a vida toda de intolerância pela cor da pele, uma mega estupidez, diga-se de passagem, Joaquim Barbosa, declarou abdicar da presidência do STF, e mesmo de integrar a côrte suprema, e em poucas semanas se aposentará prematuramente - 11 anos antes dos 70 anos de idade que ensejam aposentadoria compulsória na instituição.

Ainda hoje, foi realizado Brasil afora um esforço hercúleo de inclusão no mercado de trabalho de deficientes físicos (também chamados de portadores de necessidades especiais). Por lei, todas as empresas brasileiras com mais de 100 funcionários devem ter entre 2% e 5% dos tais deficientes físicos. O esforço tem intuito de "ajudar" a lei a ser cumrpida, e com isso inserir deficientes em algo básico ao ser humano, que é o direito ao trabalho e à renda.

Tolerar raças diversas e condições físicas diversas é, além de um ato elementar de respeito, uma manifestação de gentileza.

Gentileza que normalmente passa longe de Joaquim Barbosa. Um tremendo paradoxo.

Mal sabe o genial quase ex-ministro do STF, que embora o 'estado da arte' em um líder seja seu perfil como uma pessoa humilde e competente ao mesmo tempo, se for para escolher entre um e outro de forma excludente, a maioria das pessoas irá preferir conviver com um humilde não tão capaz, a um arrogante competente - como infelizmente tem parecido ser o jeitão do genial e genioso Joaquim Barbosa.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Se o Acre fosse o Sergipe...

...provavelmente os haitianos não entrariam no Brasil na proporção de 400 imigrantes por mês.

Os haitianos tem entrado em massa pelo estado do Acre, no norte da Terra das Palmeiras. Se o sofrido povo do paupérrimo e vitimado país do Haiti, na América Central, imigrasse para o Brasil pela belíssima costa nordestina, e escolhesse o Sergipe, iriam estranhar.

Estado por estado, Sergipe tem mais estrutura que Acre. Capital por capital, a bonita e amigável cidade de Aracajú bate fácil a sofrida e simpaticíssima Rio Branco.

Mas os haitianos tem sido identificados como cultos, educados, gentis, confiáveis e trabalhadores. Do Acre, eles tem, óbvio, se deslocado para o restante do país hospitaleiro. Mas se tivessem navegado para o Sergipe estranhariam certamente o desmando que grassa pelo Brasil, e no aprazível estado nordestino tomou forma bizarra nas últimas horas.

O enteado de 21 anos do Secretário de Segurança Pública foi pego com a boca na botija assaltando cidadãos, servindo-se da arma e do carro do padrasto, bem como de outras duas armas de uso exclusivo das forças públicas de segurança do Estado.

O padrasto sumiu. A Polícia Civil do Estado não deteve o fedelho contraventor. A OAB local declarou claramente que o meliante cometeu com certeza diversos crimes. O governador, chefe desses omissos todos, nem estamos lá muito curiosos em saber quem é, a que partido pertence, e o que pensa, pois é apenas mais um pusilânime nessa corja toda. Esse mané aí fica caladão também, claro, não pode admitir as mazelas bisonhas dentro de casa, isso detona votos e privilégios, e ele não é nem louco de abrir mão.

Parece tal governador com o queridinho das elites Geraldo Alckimin, de SP. Esse banana idiotado tem escondido com voraz esforços todas as barbaridades da força militar local, incluindo acobertamentos diversos e a companhia íntima de um tal de Saulo de Castro sei lá das quantas, ex-secretário de segurança pública do estado, que após gestão desastrosa e cheia de denúncias por ele ironizadas ao extremo e nunca punidas, foi premiado com um cargo de Secretário de Transportes (?!) do governador-picolé-de-chuchu. Os paulistas pagam essa sacanagem toda, e ainda adulam o governador bobalhão.

E o pior é que o governo do Acre tem repassado os imigrantes haitianos justamente para São Paulo, de Geraldo Alckmin. Nada contra isso, claro que o Acre só teria duas saídas que seriam bloquear as imigrações ou compartilhá-las com o restante do país.

Mas coitados dos haitianos, que livram-se de assistir aos desmandos em estados como Sergipe, e são despejados em um estado perigoso, inseguro e de administração covarde, como São Paulo. Soubessem disso tudo, os brothers haitianos certamente teriam imigrado a um outro país um pouquinho mais sério.  

domingo, 18 de maio de 2014

A suprema incoerência da política no Brasil

Dilma vive dizendo que o país está uma maravilha (não está, óbvio, mas tem estado progressivamente melhor no quesito emprego e distribuição de renda), que a Copa será um sucesso, e que o país está nos trilhos. Nada disso merece maior credibilidade.

Lula, inventor de Dilma, diz que a Copa deixará seu legado e que exigir transporte até os estádios é uma babaquice (sic). A Copa não só não deixará legado algum, como será uma vergonha nos aeroportos, no transporte público, na questão da segurança, e talvez em relação à dengue. 

Alckmin, derrotado por Lula em sua intenção presidencial, que terá o ex-traidor Kassab como vice em sua milésima candidatura ao governo de SP, e que adora acobertar erros e crimes da polícia estadual e manter os envolvidos ao seu lado, disse que Serra (que ninguém no PSDB gosta - e parace que eleitores também não) seria um ótimo vice de Aécio nas eleições deste ano.

Aécio, o playboyzão que anda a cavalo em horário de expediente no Senado, e que não dá baforada no aparelhinho lá quando é flagrado em blitze da Lei Seca, diz que DEM e PSDB são uma coisa só - DEM é um partideco de araque, herdeiro da Arena no Regime Militar, que conta em suas fileiras com fascistas à escolha do freguês.

Campos, primeiro nome Eduardo, incrivelmente popular num estado abarrotado de problemas e de incompetência (o lindo estado de Pernambuco), disse que o Brasil é vítima de Dilma - a quem Campos tanto puxou o saco, tanto apoiou, teve inclusive seu partido (chamado Socialista) representado em ministérios da federação. Hoje, ele e Marina como vice querem ao lado de Aécio levar o sufrágio para o segundo turno.

Há algumas semanas, um ilustre desconhecido do partido PSC, que pouco importa citar o nome, estava em propaganda obrigatória em horário nobre dizendo que nas pesquisas está em empate técnico com Campos. Diz-se pastor, e avaliza mentira deslavada - ainda bem que ninguém, ou quase niguém acreditará mesmo.

Buscando alguma coerência nesse caos representado pelos políticos idiotados do Brasil, e como ainda acredito nos membros do PSOL, voto em eleições majoritárias sempre no candidato do PSOL no primeiro turno, e no "menos pior" no segundo.

sábado, 17 de maio de 2014

Tolerar é o mínimo!

Mas às vezes tolerar acaba sendo um sacrifício, quase um milagre.

Rola muita encheção em cima de homossexuais e adeptos de religiões afro-brasileiras. Nesses dois "grupos" principalmente, mas em outros também, claro. Os casos de bullying e assédio moral demonstram bem a falta de respeito que grassa por aí.

E a questão é essa: respeito. Houvesse respeito, não teríamos contato com tantas notícias absolutamente deprimentes. Negros e mulatos, por exemplo, sofrem na pele, e pela cor da pele. Consumidores de drogas e ex-presidiários então, dignidade zero.

Que vergonha é a discriminação, o desrespeito e a intolerância.

Não precisa concordar, imitar nem apoiar todos os comportamentos ou gostos, mas há que se tolerar e respeitar tudo e todos, desde que não se agrida ou ofenda ninguém (ofender de verdade, não por frescura).

Idiotados mandam as pessoas que defendem o respeito e a tolerância "levar para casa" toda essa gente acima. Essa provocação podre, pobre e burra é uma belíssima expressão máxima da tolice humana, do fascismo e da falta de conteúdo quando se pensa em inclusão e bom senso.

No dia de hoje, 3 acontecimentos causaram espécie na questão da tolerância:

- é considerado o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia, com protestos e pareceres ao redor do globo; não houvessem os crimes e a intolerância, não precisaria de nada disso

- para desespero de seus colegas, um magistrado do RJ sentencia que as religiões afro-descendentes não são de fato religiões, e por isso não podem reclamar (?!) da encheção de saco dos evangélicos

- no sul do Brasil, incluindo Curitiba, ocorrem concentrações da Marcha para Jesus, bem tolerada (felizmente, pois há pouco tempo evangélicos ou crentes eram discriminados!), apesar de vazia em seu significado, e apesar de conduzida por líderes de reputação e/ou retórica altamente duvidosas

Na minha opinião, 3 efemérides que já são ou deveriam rapidamente tornarem-se desnecessárias, inexistentes.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

E o pai é um filho da mãe mesmo

Esse cara chama Leandro, pai de Bernardo, que de acordo com a Polícia e o MP do RS é co-autor do assassinato do magrelinho de 11 anos.

Nada me tira da cabeça que o crime teve sua gênese em juras de amor canalha entre Leandro e sua segunda esposa, tão bonita quanto ordinária. Aliás, bem mais ordinária que qualquer outra coisa.

Foram ao extremo da maldade e mataram Bernardo. Que a Justiça lhes puxe o pé com todo rigor - a despeito do código penal velho e dos advogados que adoram livrar facínoras. Que numa noite de terror, sejam-lhes tocada a unha mais encravada possível. Que sejam mantidos enjaulados como bestas-feras que de fato são o casal e quem mais estiver envolvido na barbárie.

Seguem anúncios da denúncia pública contra esses caras veiculado na Globo e na Band, são vídeos curtos, vale a pena conferir.

Esse filho da mãe e seus comparsas provavelmente virão a ser mesmo julgados e condenados.

Não sabem esses jumentos matadores que, a acabar com a vida da criança e detonar seus próprios futuros, seria infinitamente preferível seguirem com a vidinha medíocre que levavam.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A nudez de uma escrivã de polícia

Nua, bonita e policial. Calma. Não nos empolguemos. Uma policial loira e jovem está nua numa filmagem, é verdade.

Mas é uma cena de horror. Ela fora acusada há 5 anos de aceitar suborno.

Seus colegas e algozes a despiram, embora ela aos berros implorasse que homens não participassem do assédio, e que cessasse a gravação - feita sei lá porquê, mas que ao final resolveria as mentiras dos colegas covardes, da cúpula da polícia e, pasmém, do governador e eterno candidato a santo-sem-sal-nem-açúcar Geraldo Alckmin.

Não ficou comprovada qualquer contravenção da moça. Se ela guardava dinheiro por dentro da calça, isso é problema dela. Meias, cuecas e calcinhas já abrigaram boa quantidade de papel moeda, vimos isso na imprensa nos últimos anos. Já assisti um pouquinho constrangido uma simpática jovem que conhecia, sacar o celular que tocava apoiado entre os seios. Após a cena curiosa, ela "continuou" tendo a mesma (boa) índole que tinha, óbvio.

Anos após o incidente de tremendo desrespeito, a vítima do assédio policial está hoje fora da organização, e encontra-se divorciada de quem seja talvez um outro representante da classe dos covardes. Também, auferiu uma indenização de R$30 mil imposta aos nossos bolsos, devido a barbaridade sofrida de funcionários públicos desprovidos de qualquer bom senso.

Melhor sorte a essa jovem no futuro; que abestalhados e pusilânimes parem de cruzar seu caminho.

Segue vídeo do Jornal da Band publicado ontem, relatando isso acima e algo mais.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Prova de amor...

Prova de amor bizarro. Está aí minha tese para barbaridades protagonizadas por certos casais (ou um dos consortes).

Rapidamente comentando os mais célebres:

- Guilherme e sua então companheira Paula, ilustre desconhecida até então. Ele, aquele galã emergente da novela das 21h há 20 ou 25 anos, contracenando com uma moça bonita chamada Daniela, com quem supostamente manteria um caso amoroso. Nada me tira da cabeça que Guilherme e Paula, besuntados por juras mútuas de amor, foram às raias da insanidade e mataram Daniela àquelas tesouradas, ao invés de tomar um sossega-leão na veia para indenizar seus problemas. Decisão macabra.

-  Suzane e Daniel, casalzinho de adolescentes recém saídos da menor idade, ele um pouco mais pobretão, ela um pouco mais burguesa. Nesse caso, a prova de amor na minha opnião foi a coragem de arrecadar dinheiro dos pais da moça, matando tais há uns 10 anos para que assim o casal ficasse com dinheiro de herança e sem olhos críticos. O casal assassino ainda conseguiu associar um paspalho no assassinato, o irmão do rapaz.

- Alexandre e Anna Carolina são um casal com cara de comparsa um do outro mesmo. Aparentemente bem criados são mesmo burrinhos de dar dó, deram umas declarações dignas de esquete de humorístico escrachado. Mas protagonizaram o oposto de qualquer bom humor, de forma tétrica defenestraram Isabela, a filhinha dele, há 6 anos do alto dos 20 metros onde ficava o andar do apartamento em que o casal criminoso morava. Minha crença é que numa briga de casal tiveram essa ideia assassina de prova de amor. Em meio a tantas formas alternativas de se mostrar amor (como por exemplo comer cocô pelo outro, ou se jogar na frente de um ônibus na estrada), escolheram matar uma criança que não era filha de ambos.

- Caso Bernardo, é uma tragédia que acaba de ocorrer, faz apenas um mês. A polícia do RS acaba de indiciar o pai da criança, a madrasta e uma amiga dela, por participação direta ou indireta na morte do menino. Hoje mesmo passou no Jornal Nacional um vídeo mostrando as assassinas jogando a roupa do magrelinho no lixo após o assassinato. Elas tiveram a pachorra criminosa de mentir para a vítima que iriam lhe presentear com um aquário, e a criança seduzida pelas assassinas não ofereceu qualquer resistência ao próprio sacrifício fatal. Creio que o casal matador queria eliminar o menino por não pertencer em igual forma aos dois (não sabe a madrasta que os normais amam mesmo os de fora da família; não sabe o pai que filho é para dar e receber vida e não morte).

O pai de Bernardo chama Leandro. Já faz mais de um mês da confissão das matadoras, e ele fica quietinho conformado, preso cautelarmente. A polícia diz que ele é o autor intelectual. A promotoria via de regra acompanha a polícia. O cara está vendo seu mundo desmoronar, perde o único filho, e após esses dias todos segue quieto.

Tal como Alexandre e Anna, não há acusações entre o casal doente que vitimou Bernardo, apaixonado e assassino que é tal casal. 

E bem diferente de Suzane e Daniel, e de Guilherme e Paula. Mesmo sem aparentarem maiores arrependimentos, parece que não cabe mais em suas mentes perversas o amor bizarro e maquiavélico que nutriam por seus comparsas.

Que Deus ajude e conforte as almas de todas as famílias enlutadas. Aos assassinos, que nunca souberam o que é amor nem o mais elementar senso do ridículo, que restem apenas as grades e todo o rigor de nossa justiça, mesmo às vezes tão injusta e permissiva.

domingo, 11 de maio de 2014

Que dia de tristeza...

A história macabra da moça espancada no Guarujá tem detalhes realmente terríveis.

A mãe dela deu entrevista hoje, dia das mães. As netas dessa senhora, são agora duas crianças órfãs neste dia das mães.

A vítima não só não era culpada de nada, como também o retrato falado que foi um dos gatilhos para o assassinato data de anos atrás, e de uma pessoa procurada no estado do RJ. 

Publicado em um site com mania persecutória na cidade praiana de SP, deu no que deu, por pura gaiatice absolutamente irresponsável.

E o retrato não parece com Fabiane, a jovem dona de casa assassinada. E também se fosse Fabiane a pior pessoa do mundo, os assassinos deveriam ser culpabilizados da mesmíssima forma.

Reportagem interessante do Domingo Espetacular da Record abrange bem a situação atual do caso. Vale a pena assistir.

Faz a matéria inclusive menção que a onda de espancamentos começou logo após o caso daquele "marginalzinho amarrado ao poste", assim definido e odiado em verso e prosa por Rachel Sheherazade do SBT, em contraste à opinião dela sobre os algozes do menor infrator, bastante bem tolerados por ela.

sábado, 10 de maio de 2014

Anjinhos. Com monstros na família - 2

A enfermeira lá do caso Bernardo, aquele anjinho que foi assassinado por adultos covardes maquiavélicos, segue entregando a rapadura geral.

Agora, acaba de entregar o próprio irmão, que teria ajudado a ocultar o cadáver da criança.

Por que essa mocréia não entrega logo o Dr. Leandro, um imbecil que desmerecidamente era pai de Bernardo?

Sobre a inocência de Leandro, além de todos os indícios que a Polícia irá casar ao crime assim que relatá-lo à Justiça, tem um fator tão simples quanto profundo: cadê esse cara aos berros, transtornado maldizendo as assassinas confessas, desesperado de ódio mortal delas e de saudade insuportável do filho?

Se fosse inocente, sua prisão seria injustíssima, e aí a revolta dele deveria ser ainda maior.

E rápido, horas ou poucos dias após o crime e as confissões.

Essa história de terror já dura mais de um mês.

Ou esse Leandro é um ultra-idiota ou é assassino.

Acho mesmo que ele seja ambos, Deus me perdoe pelo julgamento...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A grife de ser evangélico

Há algumas poucas décadas ser identificado por sua fé como crente, o que hoje se diz evangélico, era para o destinatário da alcunha grife de correção, ética e humildade.

Hoje não é nada disso mais. Marcelinhos Cariocas e Moniques Evans, com ou sem mentoria da horda de Hernandes, Malafaias, Santiagos, Macedos, Soares e Felicianos, que o digam. A esdrúxula Marcha para Jesus, que não raro conta com boa parte desses estropícios no palco, é a cereja do bolo.

Um rapaz chamado Edson, de 38 anos, casado e pai de três filhos, morador de Andradina no interior de SP, que confessa a fé evangélica numa das reportagens, está envolvido no estupro e morte de duas meninas, pasmém, de 13 e 14 anos.

O cara diz que as crianças eram garotas de programa, e que por conta de uma negociação mal sucedida dentro do carro (comprado dias antes com cheque sem fundos) decidiu arremessá-las na parte não famosa do rio Tietê - ou seja, foi pela região mesmo, e não na fedegosa via marginal paulistana.

Recém egresso do sistema penitenciário, para o mesmo está voltando, para retomar literalmente vida mais bandida ainda.

E sabe-se lá se seguirá se proclamando evangélico...

Veja vídeo de entrevista com o elemento.

Obs.: pasme de terror agora ao ver comentários racistas dos leitores Sergio Gomes e John Israel no site G1.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

E agora Rachel, para onde? - 2

Ricardo Boechat é talvez o melhor comentarista da mídia atualmente, seja na revista, na rádio ou na TV em que trabalha.

Rachel Sheherazade é talvez a pior. Isso, na minha opinião, pois a esmagadora maioria aparentemente gosta da moça. 

Às vezes, uma maioria significa que os tolos estão do mesmo lado. Parece-me ser esse apoio desmedido à intolerante e beligerante jornalista uma manifestação de histeria coletiva. Foi assim na absolvição de Barrabás há dois milênios, na adesão ao Nazismo há menos de um século, na inacreditável desculpa que a ditadura militar tem tido no Brasil desde há 50 anos.

Sempre houve milícias pusilânimes justiceiras. Cambada de covardes, que individualmente não encaram o mais franzino dos seres humanos, mas que enturmados viram valentes, e ainda tem o poder de associar famílias ignorantes aos seus justiçamentos.

Depois da apologia ao crime de Rachel em fevereiro deste ano, coincidência ou não, o fenômeno insano dos espancamentos se prolifera no noticiário. Bandidos vão morrendo e apanhando, e muitos desgraçados por "engano", pois não eram criminosos (ou seja, nem sequer numa lógica assassina mereceriam o justiçamento).

Ricardo é coerente, corajoso e maduro. Opõe-se claramente à novata boquirrota.

Rachel é empolgada, populista e covarde (seu blog só tem confetes, recados ainda que pessimamente escritos e aos palavrões são publicados aos montes; mas ela não aceita uma crítica minimamente mais áspera, já tentei fazer várias e ela nunca autoriza; um dia fiz um teste, mandei um docinho qualquer e bingo, o post foi publicado).

Orgulho-me imensamente de ter opiniões alinhadas com as de Ricardo.

Deleito-me enormemente em estar em lado oposto ao de Rachel, ainda que a maioria de indivíduos de uma sociedade doente admire essa paupérrima alma e apoie seus desvarios.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

E agora Rachel, para onde?

Uma moça chamada Fabiane foi espancada no último final de semana, e morreu hoje.

Justiceiros de araque e valentões, que no tete-a-tete devem um a um amarelar diante de uma batida de pé, se enturmaram e lincharam a dona de casa de apenas 33 anos, mãe de dois filhos, moradora desde sempre no mesmo bairro da bonita cidade litorânea do Guarujá, em SP.

Sem maiores provas - e se as tivesse, isso não habilitaria os cidadãos assassinos a sê-lo - a vítima foi julgada e acusada por seus algozes de sequestrar crianças para rituais de magia negra.

Chamar a polícia e o padre de O Exorcista não passou pela cabeça dos assassinos.

E agora Rachel Sheherezade, para onde olharemos sem medo de assistir os justiçamentos que você charmosamente defende, para delírio dos incautos? Antes de sua defesa idiotada e paupérrima intitulada "Adote um bandido" não se ouvia falar tanto assim dessas milícias assassinas. 

Será que esses espancamentos tem alguma inspiração, algum combustível, alguma "legitimação" pelos destrambelhamentos de Rachel?

Que você se incomode Rachel, que fique com a pulga atrás da orelha, que seja olhada de soslaio por seus confrades de igreja, que tenha pesadelos com essa onda de linchamentos imaginando seus parentes mais caros padecerem.

Segue matéria impactante a respeito, veiculada há poucos minutos pelo Jornal Nacional.

domingo, 4 de maio de 2014

Que parada é essa de Parada Gay?

Ocorreu hoje a 18ª Parada Gay de São Paulo. Alguns dizem que normalmente comparecem milhões de pessoas. Outros afirmam que vão "apenas" algumas centenas de milhares.

A população heterossexual via de regra acha um escândalo, uma indecência, uma pouca-vergonha. Não concordo com nada disso. Quem achar legal que vá e não force ninguém a ir junto. Quem não achar que não vá, e que respeite quem vai.

Só me incomoda a má sinalização de rotas alternativas para o trânsito. Incapacidade total dos órgãos (in)competentes.

Pequena parte dos participantes da Parada, quando questionada em reportagens na imprensa, declara-se heterossexual, embora simpatizante ao movimento.

Só existe Parada Gay porque homossexuais são mal vistos, agredidos, ofendidos, discriminados, vilipendiados em seus direitos. Não houvesse esse assédio infame contra o sincero e a sincera que declaram desejar companheiro do mesmo sexo, duvido que se organizaria evento de tal porte.

Só existe Estatuto do Idoso porque não há por parte dos mais novos qualquer respeito no convívio social, nem por parte das autoridades a devida concessão de direitos que contemplem as necessidades dos que trabalharam uma vida inteira em prol dessa própria sociedade injusta.

Só existe Estatuto da Criança e do Adolescente porque o governo não sabe proteger nem reprimir os mais jovens (de acordo com cada caso), nem tampouco a sociedade sabe respeitá-los - ao contrário, religiosos e familiares pedófilos e pais assassinos são os casos mais lamentavelmente emblemáticos.

Tem muita encheção em cima de quem se declara homossexual. Sobre quem não se declara, também - tanto é que transeuntes com qualquer comportamento ou aparência alegado por mentes apodrecidas como típicos de gay ou lésbica, são a toda hora hostilizados e ofendidos, muitas vezes fisicamente, há casos e mais casos noticiados pela imprensa.

A edição da Parada deste ano tem como tema principal a criminalização da homofobia.

Criminalização da homofobia e do preconceito: concordo com essa parada de criminalização aí.

sábado, 3 de maio de 2014

Uma banana para os bananas

Já estava cansando escrever sobre o preconceito racial no Brasil. Cansaria também se falássemos mais ainda do racismo globalizado.

A todos os racistas e preconceituosos, serem humanos inferiores que são, que fique uma enorme, permanente e solene banana para vocês!

O lateral direito da Seleção Brasileira e do time do Barcelona, Daniel Alves, protagonizou há uma semana a cena celebrizada de comer a banana contra ele atirada próximo ao pau de escanteio - cheio de expediente, deu seu teco e rapidamente cobrou o tiro de canto.

Foi genial. O mundo percebeu. Celebridades, iminentes ou no ostracismo, posaram em fotos comendo ou segurando bananas.

Ato contínuo, o cracaço Neymar iniciou, em foto com seu filhinho ostentando bananas reais e de pelúcia, campanha em redes sociais intitulada "Somos todos macacos", devidamente apadrinhado pela renomada agência de publicidade Loducca.

Confesso que não entendi a frase. Seria uma alusão à Teoria da Evolução? Ou seria uma confissão que o agressor tinha razão em fazer comparações infames?

Daniel Alves, que falará nesse final de semana de forma literalmente 'global' (para Altas Horas, Esporte Espetacular e Fantástico) já disse que não concorda com essa campanha "Somos todos macacos". Ufa, achei que estava ficando maluco sozinho neste mundo...

Outro fato interessante é que os amigos do meliante que atirou a banana no boleiro, um ser insignificante esse chamado David, bolaram chamada em redes sociais com o nome de "Somos todos David", parodiando, claro, o cara lá da Loducca que influenciou Neymar.

Daniel está cada vez mais de nota 10. David, nota zero, só porque não tem nota menor. São ambos xarás de dois personagens bíblicos da maior relevância.

O xará deste deve estar se revirando todo na tumba, achando que vencer o gigante Golias foi moleza perto da vergonha catalã. O daquele, que antes envergonhou leões e um rei banana, tem hoje seu homônimo envergonhando todos os bananas possíveis e imagináveis.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Raiva do PT...

Esse é o sentimento que prepondera em boa parte dos 70% não simpatizantes do Partido dos Trabalhadores.

São 2 fenômenos: a simpatia e a fidelidade de 1/3 dos eleitores a um partido político, e a raiva às vezes incontida e explícita de parte dos outros 2/3.

Essa raiva creio que seja em boa parte concentrada em SP, capital e mais ainda no interior, devidamente alimentada pela parcialíssima revista Veja, cujo objetivo maior é primeiro pegar no pé do partido e de seus expoentes, e bem secundariamente prover informação.

A classe média Veja-orientada é um grupo expressivo, no Brasil todo, mas de fato especialmente em SP. Não vê esse grupo que Veja vende opinião malandramente em forma de informação. Não tira esse grupo suas próprias conclusões, ou aflora seus próprios sentimentos. Qualquer jornalista sabe da parcialidade voraz da Veja. Seus leitores talvez não.

Não se pode ter raiva ou amor tão gratuitos assim. Ambos não constroem um relacionamento, uma afinidade, nem independência de opinião. Nem justiça. Sentimentos extremos e gratuitos são vazios.

O PT foi fundado nos anos 80, ficou por 20 anos atuando fortemente, e com grande conteúdo ético (duas coisas que não se acham na política brasileira: trabalho e correção).

Ao chegar ao poder máximo da nação, figurões entenderam por bem sacar uma grana preta (algo perto de R$100 milhões) dos cofres federais e pagar corruptos políticos da base aliada, tudo em troca de apoio. Isso foi o célebre Mensalão, que de mensal não teve nada, foi tudo em pancadões rápidos mesmo.

Hoje é um partido apodrecido, como os outros sempre foram. Mas a raiva, que nunca foi direcionada aos outros, fica só no PT.

O adorado pelas elites Roberto Jefferson (ex-testa-de-ferro assumido de Collor, diga-se de passagem) recebeu R$4 milhões que nunca disse onde estão. Dele, aliás, ninguém tem raiva, ao contrário, é popular por ter sido delator do esquema que rendeu-lhe a premiação milionária, por falar com certo charme, e principalmente por legitimar nos iracundos de plantão a raiva ao PT (agora com razão).

Hoje teve mais um lance que os raivosos estão vibrando. O ex-deputado José Genoíno, presidente do partido à época, preso sentenciado pelo STF, não teve mais sua desculpa aceita pelo tribunal, e agora o fato de ser cardíaco não mais enseja prisão domiciliar. Ele foi há pouco ao presídio se entregar.

Sobre a situação de Genoíno, até Boris Casoy, eterno réu de entregar seus então colegas de Folha de mão beijada à tortura da ditadura militar no Brasil, aliviou a do cara. Quero uma vez na vida concordar com Boris: como puderam esses caras, com a história e a honra que tinham, cair nessa esparrela de Mensalão, e fazer o que fizeram? Vai saber...