50 anos do início da Ditadura Militar brasileira - 2

Hoje faz exatos 50 anos da tomada do governo no Brasil via Golpe de Estado aplicado pelos militares, em 1964.

Durou 21 anos, com a eleição indireta do civil Tancredo Neves, em 1985.

Portanto, passados 29 anos de seu término, o Golpe ainda causa reações diversas, de apoio (acredite) ou de repúdio.

Para que cada um tire suas próprias conclusões, seguem depoimentos curtos de 3 notórios militares que atuaram no Regime Militar (Brilhante Ulstra, Newton Cruz, Leônidas Pires Gonçalves) e 1 único opositor ao regime ditatorial, que está entre os mais resignados e despolitizados, o professor paranaense Ildeu Manso – depoimento dividido em dois vídeos bastante curtos.

Tratam-se de vídeos rápidos. Para todas essas personagens, há material mais completo no Youtube.

É importante se posicionar!

De que lado você está?

50 anos do início da Ditadura Militar brasileira

Também chamada de Revolução, Golpe, e outros apelidos, o regime teve início em 31 de março de 1964. Acabou em 1985 com e eleição indireta de Tancredo Neves (que venceu o patético Paulo Maluf em votação bi-polarizada), mas ainda hoje é muito discutido, atacado e defendido.

É um assunto mal resolvido, mal acabado. Até hoje se discute as culpas na Comissão Nacional da Verdade. Até hoje ex-presos políticos, ou famílias de mortos no regime pleiteiam indenizações na Justiça.

Desde a redemocratização, os vários ministros da Defesa e os vários comandantes das Forças Armadas simplesmente não se pronunciam.

Só nos resta avaliar o quadro e extrairmos nossas próprias conclusões.

A rádio Jovem Pan divulgou uma interessante série de 3 breves documentários intitulada "O passado que não passa - 50 anos do Golpe Militar", historiando o fenômeno. Seguem os áudios:

- Queda de Jânio e de Jango e governo de Castello Branco

- AI 5, tortura e Milagre Econômico

- A redemocratização e os legados cultural e econômico

O site G1 também publicou um ótimo especial em 3 páginas, chamado simplesmente "50 anos do Golpe Militar". Links a seguir:

- Brasil pré-64

- O golpe em 33 dias

- Quem é quem

E que cheguemos às nossas próprias conclusões a respeito! 

Palmas para Lula. Palmas para Serra.

Hoje eles se acham muito diferentes. Seus partidos entretanto se parecem bastante. Ambos se dizem de centro-esquerda.

Eles também se parecem. Resistiram à infame ditadura militar que dia 31 de março de 2014 completa 50 anos de triste memória, e nenhuma saudade.

Ambos, deslizes e presepadas à parte, são "do bem", embora avessos e simpatizantes de um e de outro discordem entre si dessa afirmação.

São Lula e Serra adversários políticos por falta de opção, ou por falta de adversários mesmo (legítimos representantes de PT e PSDB que são). 

O Brasil tem um monte de partidos, poucos importantes, sendo tais mais ou menos concordantes entre si. Então esses dois caras brigam como irmãos, por vaidade, por status, por fome de poder individual.

Mas merecem palmas porque não se omitiram na oposição ao criminoso regime militar ditatorial que detonou o Brasil de 1964 a 1985, quando alguns milhares de opositores foram sequestrados, torurados e mortos.

Até hoje entretanto, bastante gente esclarecida e legal defende o regime criminoso, alegando "ordem" (sei lá do que), proteção contra o comunismo (hein?...), ou mesmo tendo como justificativa a resistência violenta de meia dúzia de opositores que surtaram e decidiram partir para o crime com a vingança pau a pau, matando (para não ser morto ou não), sequestrando para negociar libertação de sequestrados, entre outros delitos.

Palmas para Lula, pois em recente pronunciamento lembrou do cinqüentenário macabro, posicionando-se radicalmente contra. Veja aqui vídeo de menos de 3 minutos.

Palmas para Serra, que no primeirissimo dia da ditadura golpista há cinco décadas, posicionou-se radicalmente contra a força militar fascista e injustificável. Ouça aqui áudio histórico de pouco mais de 4 minutos. 

Sou violento. E a culpa é da vítima.

É assim que pensa a maioria da população, de acordo com pesquisa sobre violência contra a mulher, recém divulgada pelo Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (entidade ligada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República). A pesquisa está resumida em ótima tabulação feita pelo site do Estadão. 

Impressiona o machismo, a caretice e o conservadorismo das respostas. Entre elas, uma em que a maioria dos entrevistados (tanto homens como mulheres, diga-se de passagem) concorda que mulheres que usam roupa curta merecem ser atacadas. Em uma outra, a maioria entende que depende do comportamento da mulher (?!) diminuir a incidência de estupros.

Ou seja, de acordo com o brasileiro e a brasileira, em média, nos casos de estupro a culpa pode muitíssimo bem ser da mulher e não do estuprador!

Que absurdo mais bizarro! Um dos crimes mais hediondos que a banda podre de nossa sociedade doente pratica é, de acordo com a parte supostamente sadia da sociedade, culpa da vítima e não do criminoso!

Talvez isso seja reflexo de uma cultura tremendamente retrógrada, que motivou o legislador há décadas produzir o super obsoleto Código Penal. De acordo com o compêndio, há que se ter grande compreensão com assassinos que aleguem uma aberração chamada "defesa da honra" e uma outra infantilidade chamada "forte emoção". Centenas de célebres e perigosos criminosos classificados em ambas as categorias podem ser encontrados dando-se um google (e boa parte, absolvida com a benção da lei, de jurados e de um juiz, todos reféns dessa papagaiada toda aí).

Se um elemento foi desacatado, traído pelo parceiro ou parceira, ofendido no trânsito, ou levou um golpe do sócio, que se indenize com seus entes queridos, que vá à sua igreja caso tenha, que encha a cara, que bata a cabeça na parede, que processe alguém, que busque seus direitos.

Matar alguém e alegar forte emoção ou defesa da honra é coisa para os fracos, papo furadíssimo de psicopata incrivelmente acolhido por uma legislação falida.

Estuprar uma mulher porque ela é bonita ou sensual, é papo de descontrolado e pervertido, que para ter uma rápida satisfação carnal topa provocar desgraça em almas e corpos alheios.

O rigor da justiça divina precisaria corrigir as imperfeições terrenas, e recair sobre todos esses criminosos covardes! 

Que a misericórdia divina acompanhe as vítimas de estupro. Que ela também console famílias enlutadas por culpa dos fracos e mimados que matam porque não aguentam ser contrariados na vida.

Maldade sem limite. Miséria sem limite.

As misérias do ser humano, às vezes nada humano, podem realmente tender ao infinito.

Um ser não é nada humano, em absoluto, quando esquarteja um semelhante, e dispensa seus membros em sacos de lixo na rua. Foi isso que se viu no elegante bairro paulistano de Higienópolis no último final de semana. Não há por ora suspeito do assassinato. Há certas filmagens de um homem carregando um carrinho de feira que conteria as partes do corpo da vítima, e só. 

Hoje, uma cabeça de homem foi encontrada também em saco de lixo, no marco zero da capital paulista, a Praça da Sé, não longe do bairro chique onde membros de um corpo haviam sido encontrados horas antes. O delegado de polícia que atua no caso, o experiente Dr. Itagiba Franco, aposta que trata-se de partes de uma mesma vítima.

O sobrenome dessa miséria humana é inumanidade, crueldade, maldade, monstruosidade.

Em ambos os casos, Higienópolis e Sé, moradores de rua foram quem encontraram os fragmentos da vítima. Tais cidadãos vasculhavam o lixo em busca de alimento. Isso, almejavam se alimentar. Uma tremenda indignidade! Será que eles acharam algo para comer pouco antes ou pouco depois do encontra fatídico e inesperado com as partes do cadáver? Como devem ter reagido? Como será que foram as "refeições" nas horas subsequentes desses brasileiros, à beira da escória como de costume?

A dignidade porém desses andarilhos foi inversamente proporcional às condições financeiras sob as quais vivem. Não se omitiram, chamaram a polícia. Indignas são, portanto, as condições de vida, de saneamento básico e de alimentação desses cidadãos.

O sobrenome dessa miséria humana é miséria mesmo.

E pobre, paupérrima, é a miserável alma e vida dessa vitima cujo corpo deu forma a essa história tétrica, absurda e completamente deprimente. 

Que Deus tenha misericórdia de todos esses miseráveis!

Marginalzinho amarrado ao poste - 5

Apesar da insgnificância de Rachel Sheherazade enquanto apresentadora de telejornal, e do SBT enquanto emissora de TV, é possível que as repercussões de um dos acessos fascistas de Rachel tenham inspirado outros crimes semelhantes, e até mais sofisticados que os defendidos pela moça.

Já houve desde o destranbelhamento de Rachel assassinato, imobilização de quem não tinha feito nada, e vários outros lances... 

Ontem na Praia Grande, litoral paulista, um rapaz possível delinquente foi caçado por esses valentões de sempre, atado a um poste, e depois liberto quando a polícia chegou. Não tendo sido consubstanciado crime por parte do rapaz, ele foi dispensado da delegacia, não sem antes prestar queixa como vítima.

A matéria do site G1 dá até a pinta que o cara era culpado, sei lá. Mas por algum motivo ele não restou preso, ao contrário saiu como vítima.

Tomara que algum valentão seja implicado na queixa do rapaz.

E nesse caso, se o moço agredido e seus familiares e amigos prenderem um de seus algozes no poste, vamos ver se Rachel é ou não é fascista e preconceituosa, e repete sua sentença que uma atitude como essa "é até compreensível". 

Um canalha assumido - 2

O Jornal Nacional transmitido agora há pouco mostrou reportagem com esse ser nada humano, baixo e inferior, chamado Paulo Malhães.

Militar da reserva, mama feroz e legalmente nas tetas do governo ao receber seus soldos integrais, que montam tais proventos portanto a esta altura de sua vida muito maiores que contribuiu quando estava na ativa. Esse ameaço de gente seguiu na Comissão Nacional da Verdade confessando que matou, torturou e mutilou, que não sabe dizer sequer quantos matou, mas que não se arrepende das mortes/mutilações/torturas pois teria cumprido seu papel (sic).

Aparentando muito pelas feições seu companheiro de atentados à vida, à saúde física-psicológica, e à dignidade humana, Saddam Hussein, Paulo foi e voltou algumas vezes na confissão que teria de fato participado da morte e descarte do corpo de Rubens Paiva. Não contente em matar Paiva, brinca tetricamente com a família com esse vai-e-vem.

Paulo dirigiu um local de torturas, mutilações, sequestro e assassinato no interior do Rio de Janeiro, apelidado de Casa da Morte. Uma senhora que talvez seja a única sobrevivente dos expedientes da casa sinistra esteve na sessão da Comissão, cheia de sequelas ainda décadas depois.

Tenho arrepio só de pensar que tem muita gente bacana, querida por muitos, que pensa igual a esse militar criminoso, que apoia e/ou tem saudade da ditadura abominável que esse contraventor tanto apoiou.

Veja aqui a matéria do JN, de pouco mais de 3 minutos.

A Marcha da Família e a insanidade dos certinhos

Tivemos neste final de semana em algumas capitais do país a Marcha da Família, reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade ocorrida 2 semanas antes do início da infame ditadura militar de 1964, o conhecido Golpe de 64. Essa marcha é fruto de movimentos raivosos que acham ser crime ter uma ideologia oposta, mas não enxergam nada de errado atrocidades que venham a ser cometidas por quem se propuser manter ou implantar a "ordem" - para tais fundamentalistas, essa palavra tem a ver com uma outra expressão idiotada, vazia e sem explicação, chamada "moral e bons costumes".

Foram 1/2 dúzia de gatos pingados (500 em São Paulo, 150 no Rio de Janeiro, 30 em Manaus, e mais uns abestalhados por aí), mas a mensagem de tais bobalhões é emblemática, pois celebra o ódio e a intolerância e, ao defender nova ocupação do poder por militares, concorda com os crimes de assassinato, tortura e sequestro praticados pela ditadura que durou 20 anos no Brasil.

Os protestantes em SP vestiam camisetas e ostentavam faixas contra o aborto, contra o material escolar para prevenção da homofobia (o apelidado "kit gay"), contra a implantação do comunismo (ameaça respresentada em mentes doentes pelo PT, partido hoje bastante capitalista), a favor da religião (carregavam imagens de Aparecida, a padroeira do Brasil), a favor da família (seja lá o que significar isso). No afã de colocar a alma fascista para fora, hostilizaram transeuntes que usavam barba (entendido como sinal de apoio ao comunismo) e jovens que trajavam camisetas pretas da famosa banda de heavy metal Mettalica (estavam indo ao show da banda, foram acusados de serem black-blocks e chamado de 'lixo' aos gritos).

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade de há 50 anos juntou 200 mil burqueses conservadores em SP, em resposta ao discurso recente realizado no Rio pelo então presidente João Goulart, entendido pelas mentes doentes dos certinhos da elite como comunista por conta das ações sociais que o presidente propagandeava.

Na eleição presidencial de 1989, a primeira após o final da ditadura no país, vozes alucinadas diziam que Lula implantaria o comunismo no Brasil, que residências seriam expropriadas, que enfim não se poderia "manchar a bandeira brasileira de vermelho" - frase dita à exaustão pelo rival Collor, repetida e aceita por milhões de incautos, sem perceber que a maior nação capitalista do mundo, os EUA, tem entre as cores de sua bandeira o vermelho, e aí a alegoria já estaria furada. Talvez Lula tivesse sido na ocasião um presidente até pior que Collor, mas pelo o que se notou nas vezes que ele viria a ser eleito posteriormente, de comunista ele não tem nada.

A Marcha da Família deste final de semana é uma triste manifestação de fundamentalistas conservadores, que ao proporem a volta dos militares no poder nesse patético cinquentenário da revolução militar fazem apologia da impunidade aos crimes cometidos e, pior, avalizam indiretamente que tais crimes voltem a ocorrer. Justo agora que a absurdamente tardia Comissão Nacional da Verdade escancara os assassinos, torturadores e seqüestradores do Golpe de 64.

Incrivelmente não percebem esses bobões (e pasmem, muita gente esclarecida também) que atualmente no Brasil não há qualquer possibilidade de implantação do comunismo (como nunca houve, ao contrário do que esses 'sem noção' pensam), nem tampouco há espaço para um novo governo assassino liderado por militares - graças a Deus.

Um canalha assumido

Não deve ser fácil ter um conhecido ou um ente querido assumidamente canalha.

Esse abacaxi está nas mãos de todos que rodeiam de alguma forma o coronel aposentado (ou reformado, se é que uma porcaria dessas seja passível de ter nova forma) Paulo Malhães.

Figura importante da ditadura militar que matou, torturou e sequestrou no Brasil entre 1964 e 1985, sob aplausos de cidadãos comuns justiceiros e raivosos (pasmem, até hoje existentes), esse ser nenhum pouco humano jactou-se esta semana de seus crimes, impunes num país de brincadeira chamado Brasil.

Esse Paulo Malhães, de quem familiares e conhecidos deveriam se envergonhar, é um criminoso orgulhoso de ser 'do mal', de ser participante da "Casa da Morte", de ser assassino do deputado Rubens Paiva, e de ter ocultado seu cadáver.

Os assassinos, torturadores e seqüestradores do chamado Golpe de 64 estão em uma das seguintes situações:

- de pijamão em casa, auferindo soldos mensais como se ainda estivessem na ativa, portanto recebendo muito mais do que contribuíram (ou seja, você e eu sustentamos essa canalha toda), e eventualmente desafiando suas fraldas geriátricas ao serem confrontados na Comissão da Verdade

- no colo do capeta acertando as contas de seus assassinatos, torturas e sequestros

Para o criminoso que está na primeira condição, será apenas questão de algum tempo para pular para a segunda - a não ser que receba antes de sair dessa vida que tanto sacaneou, a paz e a misericórdia de Deus, que realmente para esses malfeitores excederia todo o entendimento (carta aos Filipenses, 4:7).

E não é que Maluf entregou a rapadura?

O deputado federal, mega e antigo contraventor Paulo Maluf, que sempre fez auto-apologia de honestidade, sempre negou ter dinheiro no exterior, que jamais se imaginaria que entregaria a rapadura... Agora entregou! Admitiu finalmente ter dinheirama depositada no estrangeiro, está morrendo de medo de perder mais grana ainda depositada no exterior do que já perdeu.

E de pensar que o deputado, claro, só foi eleito pois achou incautos suficientes para dar-lhe número de votos para seu mandato... E quanto apoio esse cara teve de gente honesta, cristãos (ou não) ultra-conservadores que achavam legal a retórica bizarra dele, achavam interessante sua truculência folclórica, e sublimavam inacreditavelmente os indícios fortíssimos de ilícitos com dinheiro público.

Quanto já "tive" que debater com seus eleitores... Esse malfeitor, de tanto apoio que tinha (e que talvez ainda tenha) na sociedade paulista - e paulistana em especial, colocou Celso Pitta na prefeitura de São Paulo, e por muito pouco não colocou o gênio do basquete e maior ícone da modalidade no país, Oscar Schmidt, no senado da república (o ex-atleta, sem ter nunca militado em absolutamente nenhuma função pública, foi desbancado já nos acréscimos pela reeleição de Eduardo Suplicy).

Cálculos dão conta que Maluf desviou dos cofres públicos a bagatela de US$340 milhões - algo próximo de R$800 milhões.

A parte disso aí que estiver depositada no exterior deveria ser destinada para a Santa Casa de São Paulo, como Paulo Maluf tanto prometeu nos últimos anos que faria caso fosse desmascarado. Será que agora, aos 82 anos, eles fará uma coisa certa na vida? Mas seria certo entregar esse valor para o hospital, ou exatamente para a instância pública de onde a fortuna foi surrupiada? 

Os vários filhos de Francisco

O Papa Francisco não tem filhos biológicos, claro, não há nenhuma bomba na imprensa a respeito, e todos sabemos que os oficiais religiosos católicos romanos fazem votos de manterem-se castos para sempre.

Mas o atual papa, o argentino de 77 anos Jorge Mario Bergoglio, deve chamar muitos de "meu filho", e certamente a esmagadora maioria gosta sobremaneira da comenda.

E o papa é realmente um cara muito legal. Hoje completa 1 ano de papado. Nesse um ano imprimiu seu ritmo. 

Não tem se omitido nos casos de má conduta com recursos do Vaticano, nem nos de padres pedófilos que se avolumaram em alguns países. Ou seja, combateu crimes dentro de casa, e fez muitíssimo bem.

Foi simpático, acessível, humilde e humano (o que de fato ele é!) com todos, sem exceção.

Embora ainda sobrando muita pompa e circunstância em torno de suas aparições, em casa ou fora dela, Bergoglio tem rejeitado algumas frescuras, como poltronas fantásticas em eventos, e carros e hotéis de luxo em suas viagens (aliás usou carros simples, e hospedagens mais simples ainda). Bem diferente de seus últimos dois antecessores, excessivamente conservadores e mantenedores da exibição de riqueza áurea e exuberância material. 

Francisco parece não se importar muito com a estética das aparências (embora haja ainda bastante ostentação), e no campo das discussões de tradições mais antigas no setor comportamental, está quebrando os paradigmas mantidos/impostos por seus últimos antecessores. Fala de planejamento familiar, divórcio, e sacerdócio feminino com desenvoltura.

E o legal é que o grande cardinalato da igreja católica deve estar curtindo essa onda, pois sabia que o cara era desse jeito, e mesmo assim votou nele! Parabéns a todos, cardeais eleitores, e papa eleito!

Não desejo ser um filho de Francisco, beijar um dia sua mão, nem achar que ela sobre minha cabeça me conferiria alguma graça, benção ou poder, nada disso! Embora também seja cristão, não sou católico, sou o atual 'evangélico' (mas gosto muito mais dos apelidos de antes, 'crente' ou 'protestante'...). 

E sou fã de Francisco. Às estrelas evangélicas de meu país, como o destemperado e arrogante Silas Malafia, ou seus colegas ícones neo-pentecostais de reputação mega-duvidosa, preferiria receber com imenso prazer em minha casa para um jantar um cara como o senhor Bergoglio. Os outros citados neste parágrafo jamais poriam o pé em minha residência.

Parabéns Francisco por seu primeiro aniversário no cargo, e por ser a pessoa que é.

Fair play no futebol - e fora dele

Há pouco teve jogo do São Paulo x CSA, pela Copa do Brasil.

Em certo momento, com seu time já na frente no placar, Rogério Ceni deu um leve tapa na bola para escanteio, mas o juiz pelo jeito não percebeu, o goleiro então levantou os braços marotamente insinuando que o papo não era com ele, e ganhou o tiro de meta a seu favor.

Ausência total do chamado fair play - ou jogo limpo, jogo justo. Mas fair play no futebol é bastante raro. Num ambiente de competição talvez seja mais difícil ser justo, se a justiça for para o outro lado.

Lembro que na copa de 1998 o Brasil já perdia feio na final para a França, quando o incrível Rivaldo gentilmente devolveu a bola ao adversário francês e levou uma enorme descompostura do bad-boy Edmundo - e confesso com muita vergonha que naquele momento concordei com o bad-boy e discordei do homem correto.

No último sábado, um jogador do time alemão Werder Bremen sofreu um pênalti de araque, o juiz marcou, e ele rapidamente avisou o árbitro do mal-entendido. E a marcação foi anulada.

Se procurar na internet, dá para encontrar mais uma 1/2 dúzia de manifestações de fair play no futebol, e olhe lá. No tênis o fair play rola bem mais solto. No basquete o atleta que comete a falta levanta a mão facilitando o trabalho de identificação da 'mesa'. No vôlei é médio, metade assume a violação à regra, metade dá uma de mané sem nenhum constrangimento.

Pelo menos fora do esporte e da competição temos que ter fair play, que muito bem poderia ser traduzido por honestidade, correção e gentileza!

Barbalho, Perrela, Requião, Collor e Sarney: coerência pura!

Esses 5 senadores são os campeões em ausências às sessões regulares em 2013!

Coerência pura, basta lembrar-se de seus currículos vastos, complexos, recheados de denúncias e escândalos.

Parabenizemos suas excelências pela enorme coerência, retribuindo-a com um maiúsculo NÃO nas próximas eleições, quando certamente esses incriveis caras-de-pau, aproveitadores do dinheiro público, vão querer continuar na mamata patrocinada com os impostos que você paga.

Há outros picaretas que brincam com o povo, fingindo também que são gente de bem mas óbvio que não são, os excelentíssimos deputados federais da nação.

Marginalzinho amarrado ao poste - 4

Falei que a sorte estava lançada....

O programa Domingo Espetacular, da Record, acaba de veicular matéria sobre a propagação de casos de linchamento e pretenso justiçamento (de ladrões de galinha pelo país). Há inclusive assassinatos. Ou seja, vários crimes, defendidos e tolerados por uma sociedade doente.

Rachel Sheherazade e seus asseclas devem estar em estado de graça.

Só torço para que polícia e poder judiciário peguem todos esses infratores (os ladrões, as Rachéis, os milicianos), e para que os parentes dos ladrões assediados - ou eles próprios - não busquem compreensível vingança.

Há quem goste dessa jovem senhora Sheherazade, novata-boquirrota-arrogante-fascista.

Prefiro ficar com o diagnóstico de que tais ações são abomináveis, e de que a opinião dessa infeliz é uma b. (sic), ambas constatações advindas de quem é hoje talvez o mais sensato comunicador da mídia brasileira, Ricardo Boechat.

Picaretas com anel de doutor - 2

Sobre os 41 deputados federais vagabundos que faltaram a mais de 1/3 das sessões em 2013, às custas do nosso dinheiro de impostos, e graças ao nosso tradicional voto nada consciente, seguem alguns detalhes:

• 5 pertencem a uma aberração chamada bancada evangélica

• 4 são do PT, incluindo os ex-presidentes da casa, Marco Maia e João Paulo Cunha

• 5 são do PSDB, inclusive Ricardo Trípoli, cacique do partido

• 1 é do PCdoB (partido atualmente bem capitalista), o esquisitão Delegado Protógenes  

• 5 são mulheres, incluindo Elcione Barbalho, cujo sobrenome explica a inclusão na lista

Todas as regiões do Brasil estão muito bem representadas, obrigado.

Nenhum dos 3 deputados do PSOL estavam na lista dos 41 malandros (nem dos 15 mais assíduos). 

O PSOL é um partido cujos deputados e senadores ainda estou apostando que sejam sérios. Sei lá...

O vampiro, o capeta e o bambi

O nome Vampeta, do ex-jogador de futebol, é uma combinação de vampiro e capeta. Coisa provavelmente de seus colegas adolescentes, que a vítima do apelido adotou também para a carreira futebolística - e fez bem, ficou sem xará, reinou sozinho.

Bambi é o veado do desenho, que Vampeta disse há alguns anos, quando ainda jogava no Corinthians, genericamente poderia se apelidar os torcedores do rival São Paulo - claro, aludindo que eles seriam homossexuais. Naturalmente, a alcunha buscava depreciar os outros torcedores.

A brincadeira pegou, se propagou. Hoje Vampeta comanda um time em SP chamado Audax. Eles acabaram de jogar contra o São Paulo - que goleou - e felizmente os acéfalos torcedores organizados tricolores perderam a oportunidade e não praticaram qualquer violência.

Vampeta inventou esse rótulo bobo, pois a sociedade considera homossexualismo vexaminoso, depreciativo. Sua brincadeira politicamente incorretíssima, revela todo o preconceito contra a orientação afetiva dos outros, e pode a qualquer momento gerar gozações e reações exarcebadas na torcida "ofendida", não difícil de se imaginar chegando a agressões e até assassinatos, como se vê por aí.

Ironicamente, os casos de homoafetividade mais célebres ocorridos no esporte bretão no Brasil foram protagonizados justamente pelos atletas corintianos Ronaldo (amigo de Vampeta, que ficou exposto ao ter sido revelado barraco com três travestis num quarto de motel) e Émerson (que deixou-se fotografar dando um selinho num amigo). Nada contra ambos, não fizeram mal a ningúem, não praticaram nenhuma contravenção.

No basquete, no vôlei, e em algumas outras modalidas do esporte coletivo ou individual, no Brasil e no exterior,  atletas tem revelado sua homossexualidade. No futebol, isso não rola nem que a vaca tussa.

Ninguém deveria precisar revelar sua homossexualidade, nem sua heterossexualidade. Isso não interessa a ninguém, a não ser aos seres humanos inferiores que patrulham genitais e corações alheios.

Aos que revelaram ser homossexuais, e devem tê-lo feito por alguma motivação, deixemos a tais pessoas nossos respeitos. 

Vampeta não deveria brincar com esse tema ou "acusar" outros de serem homossexuais, e assim flertar com a homofobia.

Antes de ontem, seu time de futebol perdeu. Desde que ele soltou aquela idiotice contra os adversários, todos perderam.

Picaretas com anel de doutor

Tem que ser muito bobo para votar em quem não trabalha. 

Tem que ser muito esperto para obter votos sem merecimento e viver na mamata.

O ótimo site Congresso em Foco acaba de divulgar que 41 deputados federais faltaram a mais de 1/3 das sessões em 2013. E que 4 caras-de-pau faltaram a mais da metade dos dias de trabalho (entre eles, óbvio, o ultra-contraventor Paulo Maluf, até poucos anos atrás bastante querido dos conservadores-cristãos de plantão).

O site também divulgou os deputados mais frequentes entre os 513 lá existentes, assim como os senadores mais trabalhadores entre os 81 listados (3 por estado). Vale a pena checar quem são a outra face da moeda! 

Curiosidade: Tiririca, aquele deputado ex-artista de circo, semi-analfabeto, mostrou ter bem mais dignidade que seus pares palhaços-doutos, e frequentou exatamente todas as sessões desde sua investidura em fevereiro de 2011! 

Em penúltimo lugar: não percamos tempo tentando acreditar em balelas que os vagabundos costumam dar de desculpas, como "estive visitando as bases".

Em último lugar: fiz uma lista às cegas, antes de ler os links de Congresso em Foco, de quem dentre os mais conhecidos parlamentares parecem ser de confiança. Dois deles coincidem com os mais assíduos. Um outro lá recebe meu voto todo santo ano. Felizmente nenhum de minha lista está entre os vagabundos, que desonestamente tomam o dinheiro suado de impostos para curtirem suas vidas e alimentarem suas almas doentes.

Mas será que ninguém de minha lista vai condenar publicamente os aproveitadores do dinheiro público? Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Cristovam Buarque, Paulo Paim, Randolfe Rodrigues, Walter Pinheiro, Luiza Erundina, Chico Alencar, Mara Gabrilli, Vicentinho, Jandira Feghali, Ivan Valente, Jean Wyllys, e mais alguns poucos, vocês não vão se pronunciar a respeito?

Morreu aos 95 anos. E foi cedo.

Tem gente que deveria viver alguns séculos, não somente anos, para que seu exemplo também seja sempre o mais vivo possível.

Nelson Mandela foi assim.

Hoje faz 3 meses do dia de sua morte, e no amistoso legalzinho de futebol entre Brasil e seu país, África do Sul, os jogadores de ambos os selecionados homenagearam Madiba (alcunha respeitosa em alusão ao clã a que pertencia), estampando no uniforme o número da cela em que o líder ficou preso por décadas, por simplesmente ter resistido à ferrenha segregação racial no país, o infame, bizarro e criminoso regime social conhecido como apartheid.

Ao noticiar sua morte, o site da revista mais famosa de nosso país o definiu como "líder mundial da luta pela igualdade". Pausa: essa revista, claro, é a Veja, aquela que vende opinião/tendência em forma de notícia, e os incautos leitores ou não percebem, ou se percebem eximem-se de tirar suas próprias conclusões, formando uma classe média, digamos, "Veja-orientada" - em SP esse movimento é fortíssimo.

Mas a definição de Veja no caso é perfeita, é consenso, é relevante e reveladora de quem era esse ser humano absolutamente extraordinário: o líder político-social vivo mais importante na face da Terra. Curiosamente, o possível segundo líder vivo mais importante à época era o também negro Barack Obama, para lavar a alma dos conscientes, e para a desgraça dos energúmenos que ainda ostentam em suas almas a mancha e o fedor do preconceito racial.

Quando dos funerais da antropóloga Ruth Cardoso (célebre primeira-dama nas gestões FHC), que ocorreu há alguns anos, lembro bem do depoimento do excepcional ator Milton Gonçalves, que num compreensível repente de excessivo pessimismo constatou "vão as estrelas, ficam as pragas".

Exagero. Há gente boa que que vive muito, e há gente má que morre cedo, claro. Mas em pelo menos três casos a frase de Milton acerta na mosca. Só para ficar pelos ditadores nas Américas:

1 - o chileno Augusto Pinochet morreu em 2006 aos 91 anos (e 3.200 mortes nas costas, outras tantas barbaridades, e nenhuma punição)

2 - o argentino Rafael Videla morreu ano passado aos 87 (muitos assassinatos e torturas na vergonha de seu currículo, nenhum arrependimento, curta punição no fim da vida - morreu onde deveria ter vivido, na cadeia)

3 - o cubano Fidel Castro, seus 87 anos, seu irmão seguindo seu "legado", continua tocando a vida, não tão firme e forte assim, mas segue paparicado talvez pela única coisa que funciona em sua ilha, o sistema de saúde (a dele pode ir até que bem, mas certamente não a saúde física e mental de centenas de condenados a longuíssimas prisões políticas); Fidel conseguiu com larga margem anular os louros do heroísmo de seu inicio de carreira política, e ainda co-impõe ao seus o amargor do embargo econômico absolutamente cruel dos donos do mundo, os EUA

No Brasil, alguns ditadores do Golpe de 1964 já morreram e estão acertando as contas de seus assassinatos com a besta-fera, mas muitos ainda vivos tem a oportunidade de manter a arrogância e o orgulho de seus crimes, enquanto enchem suas fraldas geriátricas ao serem confrontados em oitivas na ultra-tardia Comissão da Verdade.

E Rui Barbosa bem avisou: os canalhas também envelhecem.

Que distância há entre um só Mandela e toda essa canalha de ditadores!

Joaquim Barbosa: genial ou genioso?

Ambos. E de forma superlativa.

São geniais sua biografia (estudou e trabalhou muito, chegou ao posto de ministro Supremo Tribunal Federal), seu exemplo (começou bem de baixo, e alcançou a corte máxima em um país em que negros lamentavelmente não vão longe - exceção apenas a atletas e artistas), sua produção acadêmica (mestre e doutor por universidade francesa, professor visitante em universidades americanas), seu gabarito profissional (ex-oficial da chancelaria e procurador da república), sua coragem, sua independência (nomeado por Lula, foi relator do julgamento do mensalão petista, implacável com os contraventores). Basta dar uma passada d'olhos por sua página no wikipedia para extasiar-se.

Mas é bastante genioso, impaciente, arrogante, briguento, desrespeitoso, afrontador. Brigou publicamente com todos os colegas com quem divergiu de algo, ou às vezes o bate-boca saiu de graça mesmo. Se discorda do voto de um colega, insinua desonestidade. Ofende inapelavelmente, mas nunca se retrata com seus pares, senhores e senhoras do direito, tão eminentes e craques de bola quanto ele.

Veja lá abaixo uma série de links que leva a algumas dessas encrencas.

Não bastasse isso, pesam sobre ele as manchas de já ter agredido a esposa e de ter usado o apartamento funcional como endereço para empresa privada que abriu.

O cara virou celebridade, popularíssimo, movido sobretudo pela ultra-raiva que ele e boa parte povo teve do mensalão petista. Parece que só enxergam a genialidade dele. O gênio intransigente passa batido.

Especula-se que ele deseja candidatar-se à presidência da república (ou seus admiradores desejam, o que é mais provável).

Saber lidar com os outros com respeito e moderação é função primordial de um governante, ainda mais de um presidente da república. Desde a redemocratização temos Sarney que não conta (péssimo...), Collor que bateu boca com meio mundo e depois dançou por não ter o mínimo tato no trato com sua base aliada (caso contrário não precisaria ter renunciado para evitar o impeachment), e no demais, FHC, Lula e Dilma foram negociadores e agregadores estrategistas.

Já pensou Joaquim Barbosa mandando o PMDB parar de encher o saco? Ou bufando em entrevistas por não gostar das perguntas? Ou ainda jogando na cara as misérias de chefes de estado (como se ele não tivesse as dele...).

O apóstolo Paulo encerra a lista de virtudes de quem espelha o Espírito de Deus com o 'domínio próprio' (carta aos Gálatas, 5:22-23). Sem domínio próprio a lista estaria incompleta. Sem domínio próprio a genialidade de Joaquim Barbosa é pura geniosidade.

Veja links para as brigas de Barbosa:

Brigas de Joaquim Barbosa são tema para New York Times

Joaquim Barbosa chama Peluso de caipira e tirânico
Joaquim Barbosa diz que Lewandowski faz chicana no STF
Joaquim Barbosa quer que todos o sigam cegamente
Barbosa sugere que Marco Aurélio só é ministro por ser parente de Collor
Barbosa chama de 'sorrateira' a criação de novos TRFs
Barbosa ofende jornalista
Joaquim Barbosa briga com Eros Grau
Bate boca entre Barbosa e Mendes

Tolerância zero aos homossexuais!

Pois é isso que parece que se deseja, cá e lá.

Um alucinado na última quarta-feira se interpôs entre duas moças que almoçavam num restaurante em Brasília, passou a chamá-las de sapatonas, e não contente com a grosseria, as seguiu enquanto tentavam livrar-se do aborrecimento e espancou as mulheres. O caso parou na delegacia, e o meliante pôde ser detido.

Atravessando o Atlântico e chegando na África, soubemos durante a semana que o presidente de Uganda sancionou lei que torna crime a homossexualidade, e assim supostos praticantes de atos homossexuais passam a merecer prisão perpétua. Além disso, o cidadão que conhecer homossexuais sem entregá-los merecerá prisão. E isso porquê o presidente aliviou o projeto inicial, que previa pena de morte aos homossexuais.

Voltando às Américas, a governadora do Arizona acaba de vetar projeto de lei que permitia a estabelecimentos comerciais negarem atendimento a homossexuais (sei lá como assim identificados), sendo que tal idiotice poderia ter como alegação motivos religiosos (veja você que a história só piora...).

Descendo em retorno à Terra das Palmeiras, um travesti que houvera praticado um furto, foi agredido por guardas municipais até desmaiar e ser dispensado numa calçada em Copacabana, no Rio de Janeiro (Rachel, travesti e ladrão ao mesmo tempo, é com você!). Transeuntes transtornados comentavam o que viram. Bombeiros passaram, e surpreendentemente não ajudaram. Um policial militar, restante dentre os cônscios de seu dever civil (a despeito do vergonhoso soldo mensal), parou, abriu sobre a vítima uma sombrinha para aliviar o sol carioca, e providenciou atendimento. Deus abençoe esse policial. Assista aqui vídeo de 57 segundos a respeito.

Por que essa ira mundial sobre quem se declara ou aparenta ser homossexual? Por que será que a vida intima de uma pessoa, que em nada atrapalha ou modifica a vida de terceiros, gera nestes últimos tanto rancor?

Um dia algum estudioso da mente humana ainda vai explicar o motivo de tanta raiva que as pessoas tem de gays, e de tanta gente por aí.