domingo, 31 de agosto de 2014

Feia por fora. Horrorosa por dentro.

A menina gaúcha que foi filmada chamando o goleirão santista Aranha de macaco no ultra lamentável episódio de racismo recente, não é bonita como andaram falando logo após o incidente bizarro.

É meio feiosinha.

A colega dela que aperece no flagrante, ela sim é bonitinha. Mas foi omissa, perdeu a oportunidade de dar um toque (quem sabe uma cotovelada) na boquirrota.

Já a injuriosa é feia por fora. E após os xingamentos vimos que é horrorosa por dentro.

Talvez não merecesse a patricinha tamanho vexame nacional.

Nem ela, nem Aranha.

Agora já foi.

Que ambos recolham os cacos agora da forma mais digna possível.

A vida segue.

sábado, 30 de agosto de 2014

O vacilo de Dilma e de Aécio

Pelas pesquisas eleitorais que tem saído, Marina janta Aécio no primeiro turno, vai com Dilma para o segundo, e trucida a presidenta.

Marina está surfando bonito na comoção pela morte mega trágica de Eduardo Campos, e no jeitinho legal de maria lavadeira. Casaco da vovózinha, birote no cocuruto, e a juventude está mandando intenção de voto, curtindo horrores sua voz irritante e sua cara de séria. 

Portanto o problema de Dilma e Aécio, de ambos, é Marina! Mas ambos não param com os ataques mútuos!

Pura perda de tempo. O eleitor acaba desistindo de prestar atenção nessa briga e vai para Marina.

Dilma, à sombra de Lula e do PT, garante 1/3 do eleitorado, isso é histórico. Já Aécio não tem qualquer blindagem, e portanto tem imensa chance de ficar de fora do segundo turno.

Dilma e Aécio deveriam investir pesadamente na desmontagem da imagem de Marina.

Isso pode dar certo.

Na última eleição para a prefeitura de São Paulo, Celso Russomano disparou fortemente nas pesquisas, e com o investimento das campanhas adversárias despencou rapidamente.

Há algumas eleições presidenciais, Ciro Gomes virou sensação, tinha uma retórica extraordinária, estava muito bem nas pesquisas, e conseguiu derreter ao ter algumas poucas pérolas e asneiras isoladas exploradas ao extremo.

Se Dilma e Aécio não reagirem "contra" Marina, terão contribuído decisivamente com sua eleição, e facilitado enormemente o surfe da novata na onda da comoção com o desaparecimento de Campos.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

A dor de Dilma

Dor dela mesma, ou dor de seus eleitores por ela.

Dilma acaba de ser entrevistada (dias após Aécio Neves e Eduardo Campos) pelo Jornal Nacional da TV Globo, provavelmente o melhor noticiário televisivo do Brasil - graças a William Bonner, que parece um cara quase perfeito em suas ações como apresentador.

Já no quesito liberdade e consistência dos comentários, Ricardo Boechat da Band "ganha", ainda que na TV ele seja apenas um arremedo do que é na ótima rádio Bandnews.

Mas Dilma saiu-se mal em minha opinião.

Aécio havia sido arrogante. Sorrindo de nada e por causa de tudo. Sem responder os questionamentos. Um playboyzão desengoçado, para delírio dos conservadores, manutenção certíssima de votos, e apoio cego e perseverante da revista Veja. Mas sorriu, ainda que cinicamente, o tempo todo, e nesse sentido (o da aparência) deu um arrogante e eficaz show de bola.

Eduardo estava sem qualquer sorriso no rosto na entrevista que foi apenas um dia antes de sua morte ultra-trágica. Olhos impactantes arregalados aparentando estar assustado e desconfortável, tetricamente à véspera da própria morte, Campos não se deu bem na minha visão. Mas foi uma pessoa humilde e transparente.

Após o desaparecimento absurdo de Eduardo, e o aparecimento em tudo quanto é lugar do pavão Aécio, Dilma conseguiu unir o pior de ambos: foi arrogante e não conseguiu dar um sorriso sequer.

Vamos ver como Marina SIlva se sairá na mesma situação, caso seja convidada (e deve ser). Marina, aquela que não vê defeito em ninguém, que acha FHC um estadista, Lula um homem do povo, Maluf um cara inteligente, Kassab um cara hábil, e por aí vai.

Votei em Marina há quatro anos, mas logo me arrependi. Ela não me parecia e não me parece capaz de ajudar o país.

Há hoje quase 1/3 dos eleitores de acordo com o Datafolha que pensam em votar nela, seja pelo momento de comoção que a ex-vice de Eduardo abarca pelo destino, ou por qualquer outro fator...

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O sentido sinistro da vida

Quem vive, o faz com apenas duas certezas: a do nascimento pretérito e a da morte futura.

Nascer é mágico, extraordinário, místico, transformador, inexplicável.

Morrer é inexorável.

E no caso do candidato à presidência Eduardo Campos, inexplicável, assim como é a origem da vida e seus mistérios.

A morte de Eduardo no acidente aéreo de hoje é um episódio dos mais sinistros.

Jato novo cheio de conforto e tecnologia, piloto e co-piloto experientes, cinco assessores de comunicação, e todos morrem numa queda que ninguém entendeu o que ocorreu até o momento (12 horas após a tragédia).

Desisto de tentar entender o sentido da vida, sempre que o sentido sinistro da morte na vida desanima o mais otimista dos seres humanos.

Coitados da mulher, dos cinco filhos, da mãe, do único irmão e de um monte de gente que gostava do cara.

Mas coitados mesmo de Eduardo Campos e das outras vítimas que agora são retalhos de corpos humanos.

Vai demorar para cicatrizar a tragédia.

Que Deus ajude os sortudos infelizes que ainda estão neste mundo sinistro.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O campo de Eduardo Campos

É o campo do constrangimento e da falta de carisma. Foi isso que se viu no Jornal Nacional de agora há pouco, sob a condução esplêndida de William Bonner, ladeado pela competente Patrícia Poeta.

Aécio Neves, outro presidenciável, candidato nas eleições que ocorrem em algumas semanas, havia se saído muito melhor no dia anterior, e olha que ele foi muito mais encurralado que Eduardo.

Campos foi confrontado contra o nepotismo esclarecido que praticou. Não soube responder direito, nem sorrir nos momentos certos.

Aécio deitou e rolou, tergiversou, enrolou, mas não parou de sorrir, de responder tudo de bate-e-pronto, ainda que com evasivas infantilóides.

Mas até que saiu-se mais ou menos bem da pergunta do aeroporto que construiu nitidamente para beneficiar a própria família (numa cidade minúscula, e com outro aeroporto já existente próximo).

Já Campos estava desconfortável, sem graça, sem sorriso, sem boas respostas.

Campos deve ter perdido votos. Aécio deve ter ganho. Vamos ver Dilma amanhã...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Aécio parece que se acha

Fiz essa aliteração só para chamar a atenção mesmo.

Aécio está falando pelos cotovelos, sorrisão, aparentando menos idade que tem (54), ele deita e rola.

Sai de saias justas olimpicamente, sorrindo sorrisos largos, quase em deboche.

Vi nos últimos dias o playboyzão-mor do país nos ótimos Canal Livre da Band e Jornal Nacional da Globo.

Os intelectuais adoram Aécio, que não chega nem aos pés de FHC - aquele mesmo que forçou a emenda constitucional para a auto-reeleição, que saiu em inúmeras fotos ladeado por Maluf hoje rejeitado pelo próprio PSDB, que chamou certos aposentados de vagabundos...

Mas não chega aos pés de FHC. Nem de Serra. Bate "apenas" Alckmin, o picolé-de-chuchu ultra-conservador incapaz porém de diminuir a violência no estado de SP - população que incrivelmente adora o inativo de plástico.

Só que Aécio é articulado. Tem todas as respostas às mazelas na ponta da língua. Não é um estadista como FHC (apesar das mancadas que deu). Nem um lutador histórico como Serra (apesar de tratante, que jurou de pé junto - em cartório inclusive - que não usaria a prefeitura de SP como trampolim eleitoral e usou). Mas é esperto.

Não é o maluco que a oposição e os mais próximos achavam. Mas tem mancadas fáceis no currículo. Não assopra no bafômetro após tomar uns "mé", pratica equitação em horário de expediente como senador da república, constrói aeroporto para propriedade do tio.

Não tem nada de bobo.

Engulam os desavisados que assim quiserem.

Vamos ver como seus concorrentes se saem no Canal Livre da Band e no Jornal Nacional. Teremos ainda os sérios Eduardo Campos e Dilma Roussef, e o lunático Pr. Everaldo.

Teremos também Luciana Genro do PSOL (embora houvesse outros bem melhores no partido, como Chico Alencar), e mais um ou outro Eymael da vida.

A má sorte está lançada.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O fator "pastor"

Tem sido notória a presença por estas semanas de Pastor Everaldo nas pesquisas eleitorais sobre a intenção de votos para o cargo de Presidente da República.

Ninguém conhece ele. Nem os que declaram votar nele. Quem conhece, só foi atrás de informações do cara pelo título religioso. Está na cara que os 3% de eleitores que semanalmente confirmam seu voto no candidato só o fazem pelo prefixo "pastor".

São ditos evangélicos, como eu sou também. Mas votam nesse candidato porque acham que um cara que adota uma insígnia religiosa qualquer pode e deve ocupar o maior cargo executivo da nação.

O candidato muito provavelmente sabe bem disso, e usou o título para ficar famoso. Isso espanta, mas cada um sabe o mico que quer pagar.

O que não dá para entender é essa tendência de milhões de votar no sujeito. Esses eleitores podem decidir uma eleição. Podem ser os eleitores do candidato de mentirinha, que talvez montarão votos que levarão o certame para o segundo turno entre dois candidatos de verdade.

Lembro que numa eleição presidencial de há alguns anos, Ciro Gomes estava na crista da onda, e criou um site chamado Ciro23, fazendo alusão ao número de seu partido político de então. Um xará espertalhão do ex de Patrícia Pillar, pertencente a partido coincidentemente herdeiro do então PRN de Collor, criou a página Ciro36.

Foi um sucesso. Esse Ciro fanfarrão levou um monte de votos de incautos, distraídos e confusos.

Dirigentes e atletas aposentados de grandes clubes de futebol também recebem um montão de votos, e muitos até se elegem. Claro, com votos quase que exclusivamente dos torcedores dos clubes que representam.

Não interessa religião nem clube de futebol dos candidatos. Mas eles insistem em usar tais dados, e levam um monte de votos de incautos, distraídos e confusos.

Nosso Brasil tem péssimos políticos. Mas todos eles são eleitos. Outros postulantes, no mínimo atrapalham eleições e confundem eleitores.

Mas os eleitores são protagonistas dessa confusão toda, e não precisariam ser!

Eleitores incautos, distraídos e confusos.

O fator "pastor" deita e rola assim.