sábado, 30 de dezembro de 2017

Que tal tolerar a tolerância?

Kléber Lucas, cantor de grande renome no meio gospel (ou meio cristão, como queira - eu pelo menos quereria essa nomenclatura, e muito...), é pastor egresso de uma igreja batista tida como tradicional, dirigida por um líder respeitado, ótimo orador, de ótimas ideias.

Atualmente, após ser encorajado por tal pastor da igreja em que congregava, Kléber tornou-se também líder de uma igreja no mesmo bairro e cidade de sua igreja original - bairro Recreio dos Bandeirantes, na capital fluminense.

No mês passado, Kléber e mais cerca de 30 líderes religiosos de diversas denominações cristãs compareceram ao prédio de uma fraternidade candomblecista em Duque de Caxias no estado do RJ, a fim de entregar-lhes uma oferta de módicos R$11 mil.

Além da oferenda, prestaram-lhes solidariedade nada módica em contraposição a um incêndio covarde e criminoso perpetrado por pretensos evangélicos, donos da verdade e da ética, que mal sabem que ambos aspectos, verdade e ética, caminham bem longe de tais falsos crentes.

A seguir lá abaixo, estão links que explicam o incidente absolutamente criminoso e lamentável, bem como a restauração física e moral intencionada pelo pastor Kléber e suas três dezenas de colegas cristãos, que finalmente entenderam de forma exímia e pura o que é professar a verdadeira religião preconizada pelo apóstolo Tiago, no capítulo 1 e verso 27 da epístola de sua autoria ("A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.").

Esses 30 religiosos cristãos, juntamente com outras dezenas de religiosos de matiz africana frequentadores dos serviços do terreiro, protagonizaram momento sublime de extremo respeito, emoção e união.

Se só evangélicos tem sua alma salva, desejo então estar no inferno com essa turma toda aí desse evento, e também com outros pecadores de coração pacifista como Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, Mahatma Gandhi, Sidarta Gautama (Buda), entre outros tantos vultos, incluindo o pastor batista norte-americano Martin Luther King Jr.

Se não apenas os evangélicos, mas também ateus, agnósticos, e seres humanos de outras confissões religiosas têm direito ao Paraíso, também gostaria de meu quinhão na parada, nem que fosse com a gota de água na língua que Abraão negou ao rico-pobre do Lázaro, de acordo com a parábola narrada em Lucas 16:24-26.

Veja aqui algo sobre a participação de Pr Kléber na visita ao centro de candomblé, bem como comentários seus posteriores àquela bendita visita.