quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Um Natal infame, um Natal das trevas

Esse foi o Natal de Luis Carlos Ruas, vendedor ambulante de 53 anos que trabalhava próximo à estação de metrô Dom Pedro II, em São Paulo.

Exatamente no dia de Natal deste ano de 2016, há poucas horas portanto, dois meninos de 20 e poucos anos mijavam perto da estação, bêbados, babacas, beócios.

Uma moça que é travesti, compreensivelmente os admoestou pela tremenda nojentice e falta de educação em plena área urbana da maior cidade do país.

Ofendidos e com ataque de pelanca típico de mimadinhos imaturos babacas, os dois borra-botas foram tentar agredir fisicamente a moça.

O ambulante Luis Carlos, corretíssimo, deu apoio moral à moça, e também confrontou verbalmente a dupla de quadrupedezinhos bundões.

Mas ela era magra e ágil. Saiu correndo em desabalada carreira para dentro da estação de metrô. E escapou dos covardes.

Luis Carlos estava no pedaço nesse dia de natal das trevas. Talvez para tentar vender um pouco mais para sustentar seus filhos, muito provavelmente na idade dos mijões e certamente muito melhor educados, melhores cidadãos, e minimamente civilizados.

Derrotados ambos os covardes pela agilidade solitária do traveco, os bundõezinhos reconheceram Luis Carlos que seguia por perto, e rapidamente começaram a espancá-lo até a morte.

Câmeras da estação filmaram a barbárie.

Nenhum agente de segurança, porém, parou o espancamento.

Nenhum transeunte teve a presença de espírito de se enturmar com outros passantes e irem dar um belo nescau nos agressores.

Bem, obviamente os covardes foram ao extremo, mataram o cara, se confraternizaram pelo feito, e covardíssimos que são, saíram correndo como cagões moleques canalhas.

Ambos os assassinos estão identificados e um já está detido, graças a Deus.

O outro vai ser pego rapidamente também. Eram priminhos babaquinhas entre si, frequentadores da mesma academia de lutas. Até a mesma roupinha usavam no dia do assassinato.

Bonitinho, né?

Bonitinho mesmo será ambos serem confrontados por colegas de presídio, que em sua imensa maioria são traficantes de drogas e assaltantes a mão armada.

Parece-me que detentos geralmente não gostam de assassinos. De assassinos covardes, muito menos.

Acho que não demora muito e ambos os mimadinhos metidos a assassinos arrumarão encrenca com colegas de detenção e acabarão ainda jovens indo acertar suas contas com o capeta.

Serão algo entre um mínimo de 12 e um máximo de 30 anos para ocorrer isso, de acordo com as estimativas de dosimetria de pena desses dois homicidas.

Quem sabe em sua misericórdia infinita, Deus deixe Luis Carlos de algum lugar do Paraíso assistir boa parte da ruína gigante que abraçará esses 2 assassinos cruéis e covardes.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Perdemos a alma de Ferreira Gullar.....

O poeta maranhense, que vivia no RJ, Ferreira Gullar morreu hoje, aos 86.

Seu corpo desfaleceu.

Pior. Com ele, sua alma desaparece de nossa convivência.

O que mais me chamou a atenção na produção do poeta foi a definição do mito Elis Regina.

Ele disse que ela o remetia a pássaros. Mas não quando cantavam, e sim quando voavam.

Alguém define Elis melhor?

Não tentemos.

Vamos deixar o poeta em paz, batendo um bom papo com Machado de Assis, com Carlos Drummond de Andrade, com Oscar Niemeyer, enfim, com Deus.

Que pena que ele foi. 

Os obituários são muito injustos.

Leia aqui algo a respeito.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Uma ditadura é uma ditadura, é uma ditadura.

Não há porque contemporizar com Fidel Castro (recém morto aos 90), com o Castrismo, com regimes de exceção, com falta de liberdade.

Acho que 90% dos comentaristas que ouvi no rádio e TV desde o passamento do brutamontes cubano disseram que ele foi em igual medida bom e ruim. E olha que fiquei alucinado em ambas as mídias, ouvindo e vendo tudo o que se falava do cara.

Não dá para comparar questões qualitativas.

Fidel lutou contra a ditadura de direita de Fulgêncio Batista, que mantinha até meados dos anos 1950 a ilha caribenha como verdadeiro prostíbulo dos EUA. Parque de diversões para se curtir na ilha tudo o que era proibido lá, prostituição, drogas e jogo.

Até aquela década, convenientemente aliados de Cuba, os EUA exportaram lindos carrões, que devido ao embargo econômico asfixiante e cruel iniciado após a derrubado de Batista, é a frota que resta até hoje no país.

A elite cubana exportava açúcar e vivia com luxo. Companhias americanas dominavam a economia, enquanto a maioria da população passava fome. Desempregada e analfabeta, vivia em miséria absoluta, morrendo cedo por toda sorte de doenças. E como a cereja do bolo, era reprimida com extrema violência.

Como reação, o advogado e ex-preso político Fidel Castro, com seu irmão e atual ditador Raul, e com seu colega de exílio no México, o legendário médico e intelectual Ernesto Che Guevara, tomou o poder em golpe de estado bem sucedido.

Integrantes do regime autoritário de direita foram fuzilados. Empresas estrangeiras foram estatizadas à força. Reforma agrária, saúde e educação foram estabelecidas apaixonadamente. Assim como a aproximação com a então União Soviética, adversária dos EUA.

Mas Cuba desde 1959 sofre boicote econômico incrível dos ianques. Sem crédito nem comércio com o país mais poderoso do mundo.

Instalou-se a miséria na ilha caribenha.

Por sua vez, Castro manteve-se no poder a qualquer custo, sem liberdades, sem eleições, mediocrizando, reprimindo e prendendo sem dó nem piedade.

Contrabandistas tradicionalmente tolerados para poderem sobreviver à miséria, passaram a ser presos desde que se soubesse que eram politicamente contrários ao establishment.

Estive lá há exatos 20 anos. É tudo muito deprimente.

Parte pela opressão psicopata de Castro, e seu irmão, que aos 85 jurou largar o osso do poderzeco aos 87.

Parte pela asfixia maquiavélica dos EUA.

A esperança cubana de soerguimento sofreu recentemente duro golpe após a decisão de energúmenos quadrúpedes norteamericanos que tem agora o xenófobo e racista Trump sucedendo ao magnífico Obama - que junto com o inacreditável Papa Francisco tentou estreitar os laços entre os países.

E com o congresso americano hoje com maioria republicana, ou seja partidário ao também psicopata Trump, os avanços estão feridos de morte.

É preciso devolver Guantánamo ao país! É preciso retomar o livre comércio entre os EUA e Cuba.

Castro deu dignidade aos apoiadores. Deu cana e morte aos opositores. Deu falta de liberdade e pobreza a todos.

Viveu 90 anos e poderia ter revertido ou tentado reverter parte das barbaridades que fez.

Que a história o julgue.

Uma só pessoa que seu regime tenha torturado, que tenha matado, já justificaria o cara precisar acertar suas contas com o capeta, que é o que ele deve estar fazendo agora, sei lá, pois isso não nos pertence mais.

Entre erros e acertos não dá para contemporizar com um ditador.

Por isso que cabe a paródia da genial escritora norte-americana Gertrude Stein em seu poema Sacred Emily, quando junta circunstancias distintas para afirmar que uma rosa é uma rosa, é uma rosa.

Se uma rosa é uma rosa, é uma rosa, uma ditadura é uma ditadura, é uma ditadura.

Com ditadores não há negociações, não há concessões.

domingo, 27 de novembro de 2016

Vão as estrelas. Ficam as pragas.

Esta frase forte e amargurada foi cunhada pelo estupendo ator Milton Gonçalves, se não me engano quando da morte da intelectual Ruth Cardoso, esposa do ex-presida FHC.

Lembro perfeitamente da imagem dele afirmando essa constatação melancólica.

Soubemos hoje mais cedo da morte do Dr. Russel Shedd, aos 87, pensador cristão de altissimo quilate. Nascido na Bolivia, onde os pais americanos faziam missões visando catequizar índios ao cristianismo, estudou com afinco nos EUA e Europa, e já Ph.D. optou por morar no Brasil, em São Paulo. Produziu livros e comentários absolutamente densos, com muita autoridade.

No mês passado morreu o pastor evangélico, jornalista, escritor e intelectual, o também octagenário Elben Lens Cesar, natural de Campos/RJ, mas radicado há décadas em Viçosa/MG, onde labutava devidamente acompanhado de sua ótima revista Ultimato. Elben escreveu décadas a fio com extrema categoria, mente aberta, humildade, profundidade, simplicidade e relevância. 

Estropícios religiosos como Malafaia, Duque, Hernandes, Santiago e outras excrescências seguem firmes e fortes.

Se bem que palhaços evangélico/políticos como Garotinho e Cunha, antes adorados e defendidos por politicos e religiosos incautos sem noção, hoje justificadamente comem o capim da humilhação. 

Bem, são coisas da vida.

Coisas da morte.

Vamos nessa. 

Uns deveriam viver séculos. Outros poderiam nem ter nascido que não fariam falta.

O tabuleiro do destino não guarda qualquer coerência.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Quem vai pro céu?

E eu sei lá?!

Quem vai a algum lugar, em minha visão, é uma pessoa a um lugar físico, a um galpão, uma loja, um banheiro, um shopping, uma casa.

Não sei o que é uma alma ir a um "lugar".

Não entendo o belíssimo credo apostólico, estabelecido nos primeiríssimos séculos da era cristã, proclamado até hoje em fraternidades católicas, presbiterianas, luteranas e anglicanas, quando diz que "Jesus desceu ao inferno" logo após sua morte física, pois estaria aí uma magnitude metafórica incomensurável.

Não tenho a pretensão de saber o que é um espírito "habitante" de um corpo humano "habitar" um lugar chamado céu dos cristãos, ou o inferno (também asseverado por cristãos).

Jesus ensinou Pedro que quem o ama, apascenta as ovelhas de Deus, ou seja, cuida da galera.

Se quem ama a Deus vai para o céu, acho que vou pra parada então, pois sou um cara legal, trato bem a galera, tento preferir aos outros que a mim.

Acho que quem vai pro inferno são os que desrespeitam os outros, os que são homofóbicos, os preconceituosos, os maus religiosos (como os fariseus que Jesus tanto detonou), os beligerantes, os que mal tratam animais, os que não honram a mamãe e o papai, os que gostam de vinganças e justiçamentos.

Acho que andarão nas ruas de ouro da Nova Jerusalém Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Gandhi, Chico Xavier, Papa Francisco, Billy Graham, Desmond Tutu, Nelson Mandela, religiosos éticos e piedosos não sectaristas, todas as crianças, os pacifistas ateus, enfim, toda gente boa e humilde, religiosa ou não, nos quatro cantos da terra.

À margem dessas ruas, deitado na sarjeta aguardando misericórdia, quem sabe uma gota de água na língua, acho que estarei eu.

Nadando no tacho de enxofre do capeta penso que estão ou estarão Bolsonaro, Brilhante Ulstra, Fleury, Feliciano, Malafaia, Everaldo, Macedo, Santiago, Hernandes, Cunha, Pinochet, Hittler, Mussolini, Trump, Fujimori, e todos aqueles que não sabem o que é tentar amar as pessoas e a natureza que Deus criou.

Um último aviso: que ninguém siga minha "teologia"!

Obrigado!

domingo, 12 de junho de 2016

Bolsonaro, o inimigo das consciências.

Esse político, esse tal de Jair, é inimigo das consciências. 

Tem inacreditáveis 8% de votos para presidente deste paíszeco de araque. 

Gostam deles aqueles que curtem a ideia da pena de morte. 

Aqueles que são contra qualquer forma de aborto. 

Aqueles que acham que qualquer substância alucinógena é do capeta. 

Aqueles que acham que homossexualidade é pecado de morte. 

Aqueles que acham que só vão para o céu os certinhos de plantão, independentemente de qualquer canalhice. 

Aqueles que curtem o poder maquiavélico de sedução do deputado sujismundo Eduardo Cunha.

Aqueles que gostam da ideia que 'bandido bom é bandido morto'.

Aqueles que vibram com os 111 caras trucidados no Carandiru. 

Aqueles que não tem muita coisa contra Pinochet, Hitler e Mussolini. 

Aqueles que adoraram o "marginalzinho amarrado ao poste", comentado pela tresloucada gatinha Raquel sei lá das quantas. 

Aos admiradores do golpe militar de estado de 1964, que matou 1.500 e torturou 30.000, a esses, meus mais profundos votos de... des-bolsonarização já de suas consciências!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Que medo (da culpa) do pecado!

Medo do ato de pecar, no caso que relatarei aqui.

A culpa do pecado, ensina o Cristianismo, acaba com a justificação, a salvação da alma, e nessa seara não vou me aprofundar (por incompetência, inclusive).

Mas o medo de pecar cega, emburrece, limita, infantiliza, deprime.

Estou ainda chocado com a mensagem de celular recebida de uma velha e boa amiga, que em meio à dor da morte cerebral recém ocorrida de sua irmã caçula lembrou de me perguntar se era pecado desligar os aparelhos. Se era pecado doar os órgãos.

Convertida há alguns anos em alguma denominação neopentecostal que não lembro qual é, embora há anos sem congregar mais naquela fraternidade, o resquício que sobrou foi esse: falta de conhecimento, e medo de pecar.

Tentei avisá-la que pecado é tratar mal papai, mamãe e irmãos. Pecado é não ser gente boa. Pecado é ser mau a vivos.

Tive que "lembrá-la" que no Ocidente, dificilmente algo permitido por lei seria um pecado à luz das próprias religiões ocidentais.

Por fim, para mitigar risco de haver diz-que-diz posterior em sua já traumatizada família, a orientei a deixar para o marido da moça qualquer iniciativa, bem como todo diálogo com médicos e demais profissionais. Lamentavelmente um jovem viúvo agora, mas esse encargo é dele. 

Assim como a orientei também a deixar a logística dos funerais sob os cuidados dos homens da família, devido à imensa melancolia e burocracia que é organizar aquela coisa toda. Dispus-me a ir ao hospital pilotar as ações junto do pobre viúvo, mas ela disse que não precisava.

E disso tudo sobraram duas tristezas: a da morte absolutamente lamentável da jovem; e a do peso do pecado, que faz as pessoas carregarem cruzes que Jesus não ensinou ninguém a carregar. 

sábado, 16 de abril de 2016

Temer: o satanista virou santo?

É impressionante a catarse que há sobre o impeachment da Dilma, cuja decisão da câmara federal está prevista para nada menos que um domingo, dia 17/04/2016, também conhecido como amanhã (pois escrevo no sábado anterior).

Essa disposição toda de nossos ilustres deputados federais, 90% tradicionalmente ultra-vagabundos, mostra uma das faces mais claras dessa catarse contra Dilma.

O oponente de Dilma no 2º turno da eleição do final de 2014 teve 50 milhões de votos. Dilma ganhou por pouco. A massa de votantes em seu oponente ficou indócil demais quando a velha papou a eleição.

E de lá para cá a coisa é quase insana.

Reputo que metade dessa comoção toda é preconceito subliminar contra o fato dela ser mulher, preconceito à sua ausência absoluta de carisma, preconceito com seu partido PT, preconceito com o líder maior desse partido, o ex-presidente Lula da Silva.

A outra metade, segundo meus cálculos, vem das trapalhadas da presidente(a), e da crise econômica que não necessariamente é culpa dela. Tudo isso competentemente acentuado, levianamente ou não, pela parcialíssima revista Veja, pelos mais honestos Estadão e Jovem Pan, e pelo conglomerado Globo – que é o PMDB dos meios de comunicação (adora puxar o saco do establishment, seja o atual, seja o que mais se desenhar como provável).

A catarse é tão forte, que pessoas estão agressivas, emocionadas, excitadas, entre outros superlativos, com a perspectiva de Michel Temer ser presidente, e ninguém menos que o espertíssimo roedor em forma de político, Eduardo Cunha, ser o 1º na linha sucessória.

Ou seja, esse cara aí assumiria a presidência do país quando Temer viajar, ou se ele empacotar, ou se ele pirar o cabeção com eventual pé no glúteo de sua bela esposa quatro décadas mais jovem, ou mesmo se ele vier a também sofrer impedimento.

Legal, né?

Não percebem os torcedores, que a vingar o impeachment de Roussef, o presidente será alguém que há até poucos meses declarava ter a mesma plataforma de gestão de Dilma, e que além disso hoje é impopular, tem 1% de intenções de voto caso fosse candidato. E o papel de vice-presidente estará a cargo do político brasileiro de menor credibilidade e sobre quem repousa maior suspeição de delitos.

Ah, só mandando uma última sobre Temer.

Na eleição passada, sapequei a candidata do PSOL no primeiro turno, e no segundo fui com a velha (pois não voto no PSDB, ainda mais em Aécio, que ficava de risadinha em velório do Eduardo Campos, e que segundo a imprensa agrediu mulher, não assoprou no bafômetro em blitz policial, processou dezenas de tweeteiros que o detonavam, foi todos os finais de semana de avião passear no Leblon quando governava o estado mineiro, e se procurar acha mais).

Aí, ao declarar minha inclinação, sofri na época patrulhamento feroz de amigos e parentes. Mais incômodo que isso (muito mais) foi ver evangélicos amalucados me azucrinarem querendo me demover de votar na velha pois seu vice, o hoje adorado Temer, seria satanista, seja lá o que significar isso.

Hoje, tais mesmos religiosos já “converteram” o cara, e estão em polvorosa pelo impeachment, devem estar orando, fazendo jejum, campanhas, promessas, devidamente motivados pelos líderes de araque de sempre (entre outros, Feliciano, Everaldo, Malafaia – que aliás declara em youtube adorar o evangélico Cunha...).

Sim, Cunha se declara evangélico fiel, inclusive uma de suas empresas que teria recebido dinheiro de corrupção, tem nome blasfemo de jesus.com ou algo assim.

Cunha se dizer evangélico, na acepção sã da palavra, é uma piada.

Temer ser satanista ou santo, é outra idiotice.

Lembro por outro lado que 'petralhas' me diziam que Aécio era viciado em whisky e cocaína, uma tremenda bobagem. Aécio mantém olhar e ideias firmes e fluentes. Nada a ver dizer que o playboyzão aí é drogado.

Quanta asneira...

Se Dilma é ruim, que o povo então não tivesse votado nela. Se o povo se arrepender, que na próxima eleição vote então em outro cara qualquer.

Mas 500 deputados brazucas escolherem o rumo do país é uma grande derrota.

Estamos na mão, dentre outros monstros sagrados da mediocridade, de Tiririca, Maluf, Bolsonaro, Russomano, Eduardo Cunha (sim, o estrategista torcedor mega-parcial, mesmo sendo presidente da câmara, já disse que vai votar!).

Respeito muito amigos, familiares, e milhões que querem a velha impichada. Obviamente, além dos paspalhos todos acima, há muitíssima gente boa nessa empreitada aí.

Mas fecho com contrários ao impeachment, como Pr. Ariovaldo Ramos (uma das vozes evangélicas mais respeitadas do país), Frei Leonardo Boff (uma das vozes católicas mais respeitadas do país), Wagner Moura (ator que dispensa comentários), e muitos, mas muitos juristas, intelectuais e cientistas políticos.

Dilma definitivamente não era e não é minha primeira opção para o país.

Temer e Cunha definitivamente deveriam estar entre as últimas opções de quem quiser se declarar uma pessoa de bem.

domingo, 13 de março de 2016

Dilma merece sair. Temer não merece assumir. Aécio não merece sorrir.

Hoje a coisa foi pesada.

As manifestações foram fortes.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, só na capital paulista, estavam 500 mil protestando nas ruas contra Dilma e seu partido, o PT.

A maior concentração da história, superando 'Diretas Já' de 1984. 

De acordo com os líderes de internet que pilotaram a mobilização, havia bilhões de pessoas. 

Deixa prá lá. 

Fato é que o povo quer mesmo que a véia dance. 

Para completar o cenário, a Câmara dos Deputados deve votar contra ela. 

O Senado, idem. 

O STF em qualquer desempate deve também votar contra a tia. 

Já era.

Temer será o novo presidente desta bagaça. 

E com ele, toda sua insigficância. 

Dilma é mulher séria, mãe e avó. Presa por quase três anos e torturada durante a ditadura brasileira esquecida ou mesmo apoiada pelos hoje seus algozes.

Nada pesa contra ela. Mas ela dançará. 

Ela não tem qualquer carisma, fala muito mal, sua campanha e seu partido foram uma tristeza. Mas nada disso deveria ensejar seu impedimento. 

Ela foi legítima e democraticamente eleita presidente deste paíszeco. 

Bem, mas hoje destacam-se três aspectos:

- estiveram nas manifestações em SP Alckmim e Aécio; acusados aos berros de oportunistas, Alckmim constrangido e Aécio com seu sorriso sarcástico de sempre, foram devidamente expelidos pelos manifestantes;

- o juiz Moro foi ovacionado de tudo quanto foi jeito, e emitiu nota dizendo-se tocado, ao invés de simplesmente asseverar que não realiza seu trabalho esperando qualquer reconhecimento e sim apenas a justiça nos fatos

- o mais patético, estavam rebolando em trio elétrico em Brasília uma terna de homofóbicos, racistas, preconceituosos, idiotas sem adjetivos, os idolatrados ultra-religiosos de araque e valentões Malafaia, Bolsonaro e Feliciano

Ai meu saco, viu...

Seja mal vindo, Michel Temer.