quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A face bizarra do carisma

Os inimigos dos carismáticos são vítimas, às vezes tragicamente sacrificadas, outras tantas vezes ideologicamente discriminadas. 

O carisma do austríaco Adolph Hitler há 7 ou 8 décadas fez com que o público anuísse com o extermínio de 6 milhões de judeus, homossexuais e pessoas com deficiência física.

O carisma (e as mentiras conspiratórias) dos militares ditadores no Brasil induziu a população a achar, 50 anos atrás, ser justa a morte/desaparecimento de 1.500 pessoas e a tortura bárbara de 30 mil, entre os que se opunham ao regime autoritário. 

O carisma do norte-americano Jim Jones, líder de seita religiosa, levou quase mil pessoas ao suicídio há 4 décadas. 

O carisma de "pastores" neo-pentecostais no Brasil tem feito há 30 anos milhões de incautos beatificarem tais líderes, e em nome de dessa cegueira doarem dinheiro, alianças de casamento e automóveis.

O carisma de Lula fez há uma década os mais pobres e desprivilegiados odiarem Fernando Henrique, pessoa séria, outrora eleito com apoio desses mesmos coitados.

O carisma de Aécio Neves tem feito desde há algumas semanas os mais ricos e privilegiados odiarem Dilma Roussef, pessoa séria, cujo governo foi e é bom para os que mais precisam, o que parece não comover os mais ricos.

Que se danem Hitler, os militares brasileiros, os Jim Jones da vida, os pastores de araque, Lula e Aécio.

E que se recuperem e sejam felizes os judeus, os homossexuais, os deficientes, os idealistas políticos, os enganados pelas religiões patéticas, Fernando Henrique e Dilma Roussef.