O formato do debate foi todinho em torno de dois candidatos se alternando em discussão, cada vez um escolhendo seu interlocutor (todos com a mesma quantidade de intervenções), e ficando frente a frente num púlpito próximo a William Bonner, o mediador.
1o. bloco:
Bate-bola descarado entre "Pastor" Everaldo e Aécio para atacar Dilma.
Ataque mal ensaiado de Aécio contra Marina tentando desmerecê-la de forma incoerente.
Eduardo Jorge e Luciana Genro detonando o homofóbico e preconceituoso Levy Fidelix.
Novo bate-bola boboca entre o "pastor" nanico e Aécio; seriamente advertidos pelo moderador, simplesmente não souberam como terminar a discussão; a plateia riu com a trapalhada deles
Levy Fidelix chamando Luciana para a briga; ele mais nervoso, ela mais calma, mas não deu em nada
Marina citando a virtual segurança pública bem sucedida em Pernambuco; até que enfim ela lembrou de Eduardo Campos na campanha
Luciana joga na cara de Marina que após 'tweets' de Malafaia ela se sentiu pressionada e mudou sua posição sobre homofobia
Luciana coloca Aécio na parede, o cobrando por contradições; Aécio tira o sorriso habitual do rosto, e aponta o dedo para Luciana, que o interrompe mandando abaixar o dedo
Defensores da família (aliás, quem seria contra ela???): Levy Fidelix escolhe "pastor" Everaldo para dirigir pergunta, cita que a escolha é para elevar o nível do debate, e ambos fazem bate-bola nanico
Marina joga na cara de Dilma que ela (e Aécio) não divulgaram ainda programa de governo; Dilma não desmente
Marina e Dilma protagonizam talvez a melhor discussão do debate até o momento, com os temas programas sociais (de ambas as partes) e leniência com corrupção (também de ambas as partes)
"Pastor" Everaldo deve ter sido pago para falar mal de Dilma; desta vez chama a "irmã" Marina para o jogral
Aécio blefa descaradamente, Dilma não sabe driblar, e diz que as crianças tem na Farmácia Popular remédio gratuito para "asmas"
Eduardo Jorge, fora de ordem mas dentro de seu estilo figura, brada em momento impróprio para Dilma que o programa Farmácia Popular foi de sua autoria, para risada da plateia e admoestação de William Bonner
O idealista e gente boa Eduardo Jorge trava discussão séria e dirigida (e um pouco chata) com Dilma
Agora o bate-bola contra Dilma é entre o ultra-conservador-sem-qualquer-noção Levy Fidelix e o sempre sorridente e eloquente Aécio Neves
Eduardo Jorge e Willian Bonnner respeitosamente corrigem sobreposição de vozes; dois gente-finas
Aécio em discussão com Marina chama Paulinho da Força de 'companheiro'; Marina não perde a oportunidade, e diz que Aécio não apresentou programa de trabalho
Novamente "Pastor" Everaldo convoca a "irmã" Marina para falar mal do atual governo; a evangelicaiada deve estar em polvorosa com o teatro; Marina demonstra certa dificuldade em atuar, mas acaba se saindo bem
"Pastor" Everaldo cumpre seu papel de não fazer nada além de meter o pau na Dilma, impressionante, deve ter havido alguma macumba nesse cara
Marina e Dilma se despedem com classe e tranquilidade
Levy Fidelix com olhos vermelhos de cansaço defende sua postura ultra-conservadora
Eduardo Jorge fecha com o melhor discurso da noite, resume todo o sentimento pertinente a uma eleição, vale a e pena checar na internet
Aécio em estado constante de sorriso e discurso sentimental batidão arranca aplausos dos papagaios-de-pirata
Luciana Genro encerra no estilo Eduardo Jorge, também vale a pena checar na internet
Novamente, assim como o último debate da Record, dos sete participantes habilitados (que tem representação da câmara federal), tivemos 3 damas elevando o nível, 3 cavalões armando o circo que acharam por bem armar, e Eduardo Jorge trazendo talvez a única lucidez masculina no debate.
Para desespero dos machistas, as mulheres sobraram em categoria.