sábado, 13 de setembro de 2014

Política, religião e você: nada a ver...

Política misturada com religião, com mútua influência, ao longo da história só deu cáca.

Ademais, quem foi que provou até hoje, que a religião A ou B ajuda o governante X ou Y???

Bem, o profeta Daniel parou na cova dos leões (que ficaram pianinho diante de um cara de tamanha fé) por não ter topado reconhecer a deidade no governante.

O rei Herodes mandou matar todas as crianças com menos de dois anos, para se certificar que o pequenino Jesus não lhe roubasse o reino.

O próprio Jesus foi condenado por políticos-religiosos que o rotularam maquiavelicamente.

O apóstolo Paulo perseguia cristãos, e depois de convertido viveu fugindo do império romano, ora clandestino, ora em prisão domiciliar.

O imperador romano Constantino no século IV, sabe-se lá porque, se por sonho revelador ou por conveniência, declarou o Cristianismo como religião oficial do império.

Radicais islâmicos no Oriente Médio matam adoidado pessoas que se recusam a professar sua religião.

Repartições públicas no Brasil inteiro ostentam crucifixo, cédulas de moeda trazem imperativo deísta, e mesmo instrumentos de cartório mencionam a era vigente "depois de Cristo" com viés claramente cristão. Isso tudo, quando já são passados 125 anos da proclamação da República, que selou a separação entre igreja e estado.

Hoje, a candidata Marina da Silva tem metade dos evangélicos lhe declarando voto presidencial (ela confessa a fé da denominação Assembléia de Deus). Considerando que de 20% a 25% da população declara-se evangélica, isso pode simplesmente determinar quem será o próximo presidente da república do Brasil.

Antes da super tragédia da morte de Eduardo Campos, um candidato "chamado" Pastor Everaldo angariava 3% nas pesquisas. Com a candidatura de Marina, o cara caiu para 1%.

Políticos tradicionais em suas boas intenções como Luciana Genro e Eduardo Jorge se desdobram em mil para figurar com 1% de vez em quando. Ultra-conhecidos como Eymael e Levy Fidélix dão traço. Como Everaldo dá entre 1% e 3%???

É a bendita (ou melhor, maldita) mistura de política e religião. Fora o desgaste do PT de Dilma e do PSDB de Aécio, e a comoção com a morte de Eduardo Campos, o crescimento vertiginoso de Marina, em minha concepção se explica pela inacreditável conexão que se faz entre política e religião.

E Deus ainda tem que assistir a toda essa confusão aqui na Terra... Que ele mesmo nos ajude a abrir os olhos.

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