terça-feira, 9 de setembro de 2014

Marina: mais do mesmo

Essa aliteração em M não significa nada demais.
 
O que vale é que Marina não representa qualquer novidade.
 
Não é muito melhor nem muito pior que seus adversários diretos.
 
No quesito fidelidade partidária, é pior. Brigou com o PT, depois com o PV, não conseguiu fundar o próprio partido, e depois se abrigou no PSB fazendo questão de dizer que não se identificava com ele, que era algo temporário.
 
No quesito credibilidade, é melhor. Tem menos exposição, e consequentemente menos desgaste (FHC se elegeu fácil no pós implantação do Real, depois ficou bastante desgastado; Lula chegou ao poder nos braços do povo, depois inventou uma sucessora desconhecida mas agora não consegue mantê-la em alta).
 
No quesito ‘enroscos’ é igual. Não tem o mensalão do PT (conhecido), do PSDB (ainda escondidão), nem aparelhamento de cargos públicos (pois nunca ocupou cargo executivo), nem problemas com estatais (como Petrobrás e Metrô paulista).
 
Mas não consegue até agora contar quem era o proprietário do jato em que tragicamente morreram Eduardo Campos e mais seis pessoas, nem explicar as inúmeras coligações de seu atual partido por todo o Brasil, tampouco dar coerência quando questionada sobre as atividades públicas do esposo, e muito menos comentar que interesses motivou semana passada o esforço concentrado que seu candidato a vice promoveu no senado federal (ele é senador, e contrariando orientações da Anvisa liderou a liberação do fármaco Sibutramina, remédio para emagrecer, proibido da Europa e nos EUA por seus riscos e efeitos).
 
Marina não é grande novidade não. É mais do mesmo.
 
Mercados gostam, mas por enquanto.
 
Já os agricultores se assustam. Pode ser que depois sejam pacificados.
 
Se ela vencer e ser a nova presidente(a), o Brasil não estará em 4 anos muito diferente em relação ao que Dilma ou Aécio fariam.

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