terça-feira, 8 de abril de 2014

Um voto contra a família!

Foi bom voltar contra a família.

Recebi hoje de um querido amigo mensagem com link para uma enquete no site da Câmara Federal, para avalizar ou rejeitar a ideia principal de um projeto de lei intitulado Estatuto da Família - seja lá o que puder significar isso.

O parlamentar provavelmente desocupado (como muitos lá) que subscreve o projeto chama-se Anderson Ferreira. A enquete tem mais de 700 mil votos, em menos de 2 meses no ar. A questão é: "Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?". Até há poucos minutos atrás, 52% estavam no 'sim', e 48% no 'não' (dentre os quais orgulhosamente me coloquei).

É uma bobeira isso de defesa da família. Difícil até de explicar em termos objetivos que defesa é essa.

Um maluco lá no site da câmara publicou comentário insinuando que a menção acima "homem e mulher" faz toda a diferença, pois uma família serve para "gerar vida". Caramba, quanta bobagem! E os casais que decidem não ter filho, ou mesmo não podem, algumas vezes até adotam. Eles não geram vida, mas são família! Geram alegria, acolhimento, dignidade, boa convivência e respeito. O contrário disso, é morte!

A mensagem do meu amigo, o projeto de lei do deputado, os comentários do site da Câmara, são todos no sentido de reprovar casais homossexuais que adotam crianças.

Ninguém tem nada a ver com um casal homossexual. Ninguém tem o direito de impedir que uma criança num abrigo seja adotada por um indivíduo idôneo (ou indivíduos idôneos). 

Uma lei nesse sentido seria uma tragédia, colocaria o poder judiciário a desserviço do bem estar de crianças órfãs e de casais idôneos (homossexuais, para desespero dos certinhos).

A imensa maioria dos casais homossexuais que vejo em restaurantes, shoppings ou ouço falar são idôneos, respeitosos, discretos, sempre aparentam ser leais entre si e extremamente cordiais com os outros.

A imensa maioria dos casais heterossexuais que vejo em restaurantes, shoppings ou ouço falar aparentam estar desgastados entre si, fazem uma refeição inteirinha sem se falarem, provavelmente estão uns 50% deles no limiar do divórcio, e em aniversário de bodas também se acha facilmente uns 50% com cara de velório.

Quanto mais crianças sendo adotadas por casais ou por solteiros, pouco importando orientação sexual, melhor! Óbvio!

Aos Felicianos, Malafaias e Bolsonaros da vida, ou aos casais certinhos que apenas e tão somente se suportam, é preferível, em larguíssima margem, que as crianças órfãs sejam adotadas por casais homossexuais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário