Ouvi
essa expressão há alguns anos, no programa Roda Viva da TV Cultura, quando Jô
Soares reclamava do assédio dos humoristas do programa Pânico na TV para que
ele calçasse "sandálias da humildade" - que era um par gigantesco de
sandálias a ser colocado numa celebridade, que ao aceitar ganharia a chancela
da humildade, no conceito da turma de brincalhões. Jô então fez o trocadilho,
dizendo que só calçaria o destrambelhado adorno se o pessoal maneirasse no
assédio e nos rótulos bobos. E ele realmente calçou algumas semanas depois,
para delírio da moçada.
O programa atualmente chama Pânico na Band. Consiste de esquetes, imitações (capitaneadas pelo craque do humor Carioca), tiradas e tomadas de rua, algumas inteligentes e outras infantilóides, sempre entremeadas com closes de glúteos de dançarinas de corpos inacreditáveis.
Característica comum, infelizmente, de grande percentual das brincadeiras é a falta de respeito, de preservação, de gentileza, de educação. Sobra a humilhação.
Já vi uma dançarina comer uma fatia de embutido devidamente pré-besuntada no sovaco de um outro cara lá, uma outra dançarina passar naquelas máquinas de lava-rápido atada ao capô do carro, a espevitada Sabrina Sato ser rebaixada a sete palmos debaixo da terra em um caixão com câmera dentro da urna captando suas reações. Além disso, também rolam saias justas verbais nauseabundas com artistas de TV, e grosserias dispensáveis entre a própria trupe.
O humorístico estava em recesso, e voltou nesse último domingo. Não assisti, e há bons meses não vejo, via de regra estou no mesmo horário aterrissado em outros canais. Mas já vi pelo blog de Mauricio Stycer que os caras seguem na mesma vibe, fórmula de sucesso que de fato parece ser, dentro dos padrões desejados, claro.
Ao contrário do ditado, é melhor perder a piada que perder o amigo. Talvez peça muito, mas é melhor perder audiência e manter o respeito. É preferível calçar aquele sapato velho mas com significado, às sandálias da humilhação que afloram o ridículo que há dentro de todos nós.
O programa atualmente chama Pânico na Band. Consiste de esquetes, imitações (capitaneadas pelo craque do humor Carioca), tiradas e tomadas de rua, algumas inteligentes e outras infantilóides, sempre entremeadas com closes de glúteos de dançarinas de corpos inacreditáveis.
Característica comum, infelizmente, de grande percentual das brincadeiras é a falta de respeito, de preservação, de gentileza, de educação. Sobra a humilhação.
Já vi uma dançarina comer uma fatia de embutido devidamente pré-besuntada no sovaco de um outro cara lá, uma outra dançarina passar naquelas máquinas de lava-rápido atada ao capô do carro, a espevitada Sabrina Sato ser rebaixada a sete palmos debaixo da terra em um caixão com câmera dentro da urna captando suas reações. Além disso, também rolam saias justas verbais nauseabundas com artistas de TV, e grosserias dispensáveis entre a própria trupe.
O humorístico estava em recesso, e voltou nesse último domingo. Não assisti, e há bons meses não vejo, via de regra estou no mesmo horário aterrissado em outros canais. Mas já vi pelo blog de Mauricio Stycer que os caras seguem na mesma vibe, fórmula de sucesso que de fato parece ser, dentro dos padrões desejados, claro.
Ao contrário do ditado, é melhor perder a piada que perder o amigo. Talvez peça muito, mas é melhor perder audiência e manter o respeito. É preferível calçar aquele sapato velho mas com significado, às sandálias da humilhação que afloram o ridículo que há dentro de todos nós.
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