Vamos aos fatos e personagens.
A menina chama-se Kailane, uma gatinha meiga e corajosa de 11 anos, candomblecista, macumbeira, espiritualista, ou sei lá como se fala.
Os agressores são pretensamente de religião evangélica, mas não tem nomes nem rostos conhecidos. Eles apedrejaram a garotinha, provavelmente influenciados pelo capeta, e covardemente fugiram.
O comentarista é Ricardo Boechat, muito provavelmente o mais fera, lúcido e independente jornalista da mídia brasileira. Seus comentários na Bandnews FM são cirúrgicos. Brilhante como sempre, ele tem acentuado que a intolerância religiosa contra os adeptos de religiões afro-brasileiras nasce e cresce no seio das igrejas cristãs. Notadamente as evangélicas. E notadamente as neopentecostais. Isso é claro, é notório, basta dar um Google.
O cara que procurou rolo foi uma mala de papelão sob a chuva e sem alça, pastor que pastoreia a si mesmo, Silas Malafaia. Ele tuitou que Boechat disse que os líderes evangélicos incitam seus fiéis a serem intolerantes. Dentro de sua violência e arrogância habitual, disse que o jornalista falava asneira e que era um verdadeiro idiota.
Boechat comentou na rádio as palavras do pastor de araque, que por sua vez tuitou novamente em contra-resposta. Boechat pegou pesado em suas palavras, compreensivelmente ficou indignado, usou palavrões desnecessariamente. Mas para mim um cracaço de bola como ele tem licença poética nessas horas, vamos nessa.
Veja aqui o que foi tuitado e gerou a celeuma, a réplica do jornalista, e a tréplica do religioso desavergonhado.
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