sexta-feira, 19 de junho de 2015

Não toleremos a intolerância!

Kailane é o nome de uma gracinha carioca de 11 anos, madura e ao mesmo tempo meiga.

Ela tomou café da manhã hoje com o arcebispo católico de sua cidade, Dom Orani Tempesta. Dom Orani deixou claro que Jesus jamais coadunou com qualquer agressão física.

Ontem havia sido convidada pelo Pastor João Melo, da Primeira Igreja Batista da Penha, no RJ, para um encontro com o religioso. Pr. João avisou a menina que deixará a igreja fechada no tradicionalíssimo culto dominical matutino para que todos possam comparecer a uma passeata contra a intolerância religiosa.

Assim como seus dois anfitriões recentes, a menina também é religiosa. É adepta do candomblé. Sua avó é mãe-de-santo no terreiro em que a família se reúne.

O que esses 4 brasileiros tem em comum? Bom senso, respeito, simpatia, hombridade, dignidade, exemplo.

No último domingo, Keilane foi atingida por pedras arremessadas por 2 evangélicos de araque, 2 canalhas covardes que praticaram o crime e fugiram.

Evangélicos cegos, abestados e incautos costumam achar que praticantes de religiões afro-brasileiras são do mal, são encapetados, são filhos das trevas e precisam ser exterminados como se anjos do mal fossem.

É errado sacrificar animais. É anti-ético e ilegal, maus tratos a animais é uma contravenção. E fora isso as religiões de origem africana não tem nada de intrinsecamente errado.

É errado induzir fiéis a dar dinheiro para uma instituição religiosa, é errado prometer prosperidade financeira, é errado assegurar cura de doenças. Igrejas evangélicas (notadamente as neo-pentecostais) que fazem essas coisas deveriam ser fechadas.

É errado assediar sexualmente menores, é um crime bárbaro tipificado na legislação penal como pedofilia. Dá prisão. Padres católicos que fazem isso deveriam estar encarcerados. Fora isso, nada de errado na religião romana.

É preciso tolerar, é urgente tolerar.

Oxalá a menina Kailane se recupere física e emocionalmente das pedradas que levou. Deus abençoe a garotinha.

Oxalá Dom Orani e Pr. João sigam suas jornadas como pessoas cristãs de verdade, que sabem amar, que trocam a agressividade da religiosidade burra pelo mais elementar bom senso.

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